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Graham J. Ingels, ou Ghastly Graham Ingels, nasceu em 7/6/1915 em Cincinnati [Ohio]. É um dos mais conhecidos quadrinistas da EC Comics.
É que os seus desenhos, realista [apesar de trabalhar com comics, o traço de Ingels era detalhado como o de um quadrinista de tiras de jornal], angulados e gótico, eram perfeitos para os gibis de terror da editora – pense nele como o avô de Berni Wrightson ou Kelley Jones.
Ingels já trabalhava como ilustrador comercial desde 1929, quando o seu pai, o igualmente ilustrador Don Ingels, faleceu. Quando Al Feldstein contratou ele para desenhar para a EC, Graham já era casado, tinha dois filhos e alguma experiência com gibis e livros pulp [foi um dos descobridores de George Evans e Frank Frazetta].
Na EC, se tornou o principal quadrinista da revista Haunt of Fear. Foi lá [na edição #17, publicada no final de 1952] que publicou Horror We? How's Bayou?, a história que acompanha esta postagem [logo depois da quebra de página], encontrada no blogue The Manor of Madness. Ela é considerada até hoje uma das melhor desenhadas histórias de terror publicadas pela EC.
Tem motoristas perdidos no sul dos EUA, uma casa em ruínas, uma família de psicopatas, um pântano fedorento e uma mulher curvilínea. Não era por acaso que Bill Gaines chamava Ingles de “Mr. Horror”. A fama, no entanto, cobrou um preço: Ingles se tornou sinônimo de gibi de terror: uma péssima associação nos anos 50, quando o CCA surgiu.
Ingels até conseguiu desenhar alguns poucos gibis na segunda metade dos anos 50, depois que a EC cancelou a sua linha de crime e terror. Não deu certo: em 1962, deixou a sua esposa e se mudou para a Flórida, onde se tornou professor de arte e renegou o seu passado com os quadrinhos.
Alcoólatra e depressivo, somente voltou a falar com sua filha, Deanna, nos anos 80 [graças à intervenção de George Evans]. Nunca mais retomou o contato com o seu filho, Robby. Faleceu em 4/4/1991. Se desconhecem os detalhes de sua morte.
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