WWB #7

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Em 1991, Stan Lee foi apresentador do programa The Comic Book Greats, produzido pela Starbur Home Vídeo. Nesse episódio [o 4º], ele recebeu no programa Todd McFarlane e Rob Liefeld, então desenhistas da Marvel – o programa provavelmente seja da primeira metade de 91, enquanto que a Image somente foi criada em 1992.

Ambos estavam eu seu auge: McFarlane [que eu apelido carinhosamente de McFarsante, em grande parte porque não sou uma pessoa muito criativa] estava no seu auge: em setembro de 1990, o primeiro número de Spider-Man, nova série do Homem-Aranha por ele escrita e desenhada, vendeu 2,5 milhões de cópias.

O recorde seria quebrado exatamente por Liefeld, em agosto de 1991 [provavelmente, portanto, poucos meses depois do programa], mês em que X-Force vol. 1 #1 [com roteiros de Fabian Nicieza], chegaria a 4 milhões de exemplares vendidos.

[Pausa para a reflexão. NO QUE ESTÁVAMOS PENSANDO?].

O mote do programa, em tese, é a criação de um personagem: Stan Lee atiraria para os dois um nome, que, a partir disso, criariam toda a sua concepção. O que você vai ver, no entanto, é Stan Lee em sua versão troll-master: enquanto McFarlane e Liefeld condensam em um papel tudo o que viria a caracterizar os super-heróis dos anos 90 para dar forma a um personagem chamado Overkill [“uma armadura!”, Liefeld grita em determinado momento; “Temos que colocar mais correntes, a garotada adora correntes”, colabora McFarlane], Stan Lee é uma máquina de infâmia.

Dylan Todd, do Comics Alliance [onde está o artigo no qual eu encontrei o programa], nos fez o favor de congelar e legendar [em inglês] alguns dos melhores momentos:

Se você acha que isso não tem como ficar pior, tome uma piora nas paletas: anos depois, em Spawn #6, McFarlane usou o “design” criado no programa para fazer um vilão – OverTkill [Chacina, em português]:

Rascunho.

Em defesa de McFarlane, podemos dizer que ele diminuiu o
tamanho das ombreiras. 

Veja o programa. Exorcize os seus demônios. Aí em baixo seguem as duas outras partes.