NFN#70



ANOS INCRÍVEIS #2. Depois de sua introdução, Forrest Helvie escreveu, no Sequart, o primeiro artigo da série sobre a origem da editora Image Comics. O ponto de partida é a primeira edição da série Youngblood, de Rob Liefeld -- uma das poucas que, à época, eu não comprei:

[...] Youngblood tem como uma de suas maiores inspirações Jack Kirby e a sua co-criação, o Capitão América, como visto tanto no conteúdo da história quanto no seu estilo artístico. Certamente, não era segrego que Kirby era responsável por muito do Universo Marvel, e era igualmente conhecido pouco que ele se beneficiou de seu trabalho. Que os fundadores da imagem tivessem a ele como uma espécie de "santo padroeiro" não é uma surpresa. A homenagem de Liefeld a Kirby é óbvia aos seus leitores pela incorporação do personagem Jackson Kirby nas primeiras páginas de Youngblood #1. Retratado como um commando de cabelo branco, endurecido não apenas pelo campo de batalha, mas também pelas ruas do Brooklyn -- outra referência ao passado de Kirby -- essa versão super-heróica de Jack Kirby faz a sua primeira aparição em uma hq. Ademais, vários desses seres super-poderosos eram super-soldados geneticamente fabricados e subordinados ao governo, assim como Steve Rogers era o Capitão América [...]. No entanto, é apenas o ponto de partida que os membros de Youngblood e Capitão América têm em comum, já que Liefeld deixa claro nas diferenças que ele não estava tentando contar outra história dos super-heróis de ontem. Em vez disso, Liefeld -- como muitos outros criadores da Image -- era como um adolescente com as chaves do carro e seus pais: poderia parecer como o gênero super-heróico de início, mas esses "garotos" certamente dirigiam eles de forma mais rápida e ousada do que a geração anterior! E a forma em que Rob Liefeld adaptou e mudou o super-soldado de Jack Kirby deixa isso claro.

Jack Kirby, versão pós-Prince anos 90.


MONSTRUOSO #5. Mais um link pro Sequart: seguindo a série de artigos sobre a revista Saga of the Swamp Thing na fase de Alan Moore, Andrew Edwards resenhou a edição #25.


CARA DE PAU. No Ler BD, Pedro Moura resenhou The Twelve, série de 12 edições que a Marvel lançou entre 2007 e abril deste ano, com roteiros de J. Michael Straczynski e desenhos de Chris Weston [arte-finalizado, em algumas edições, por Garry Leach, que desenhou parte do Marvelman de Alan Moore]. Foi uma tentativa de recuperar diversos personagens da Timely Comics, editora dos anos 40 que viria se tornar a própria Marvel. 

Moura não fez a relação, mas a série parece uma cópia barata de Watchmen [que teve o seu início como uma tentativa da DC de recuperar os personagens da editora Charlton Comics]. Depois da idéia do Homem-Aranha totêmico, que tem o seu paralelo no Monstro do Pântano de Alan Moore, o Straczynski poderia ter tentado disfarçar um pouco mais...

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