NFN#79




COMO PROCEDER. Paolo Rivera descreveu em seu blogue [The Self-Absorbing Man], com abundantes imagens, o processo de criação da capa de Daredevil v. 3 #18 – a primeira à esquerda das três imagens aí em cima.


JAPA #1. Talvez você conheça o anime Serial Experimental Lain, do diretor Ryutaro Nakamura. Caso contrário, você me colocou em apuros: é impossível descrever o seu argumento básico em poucas linhas e fazer sentido. Para sua sorte, como resultado de uma espécie de TROCA-TROCA nerd-japonês, o blogue MangaCult resenhou The Nightmare of Fabrication, um mangá curto feito por Yoshitoshi Abe, designer da série. É o link certo pra você descobrir alguma coisa sobre a série.


JAPA #2. Lain pode ser incompreensível – Shintaro Kago, por outro lado, talvez você prefira não compreender: é um autor de ero-guro, o gênero de mangá pornográfico-bizarro japonês [pleonasmo?]. No site espanhol Numerocero, Pepo Pérez fez um artigo [tão apto para ser visualizado no ambiente de trabalho quanto possível] sobre Kago [abstenha-se nas piadas fáceis], a troco do lançamento de Reprodución por Mitosis y Otras Historias na Espanha.

Já me adianto: se o que você quer é compará-lo com Suehiro Maruo [conhecido no Brasil por O Vampiro que Ri, lançado pela Conrado], não precisa nem seguir o link. Eis o que Pérez tem a dizer sobre o tema:

[...] o estilo de Kago é diferente [do de Suehiro Maruo]. Se o primeiro [Maruo] construir um elegante imaginário de horror erótico com abundantes referências artísticas ao cinema expressionista e à estética fin-de-siècle, o olhar único de Kago prefere pousar sobre o mundo contemporâneo. É um olhar mais com o canto do olho, que coloca antes o social do que o individual, a meta-ficção do que o relato ilusionista, o cômico-grotesco do que o exagero. Ero-guro significa, pelo que dizem, "erótico grotesco", e isso encaixa no caso de Kago como uma luva de seda moldada com ferro.


CRUMB: EDIÇÃO DEFINITIVA. Virginia Collera, do El País, comentou Robert Crumb: The Sketchbooks, 1982-2011, caixa editada pela Taschen com seis volumes de capa dura com o melhor de Crumb no período – além de 600 imagens inéditas. Como o próprio Crumb esclarece, é uma espécie de despedida: desenhar deixou de ser uma obsessão [“Já não vivo a minha vida sobre o papel” são as suas palavras].

Como não poderia ser diferente, tratando-se da Taschen, a despedida é em grande estilo: a tiragem é de mil exemplares, cada um custando mil euros. E ano que vem tem mais um box, cobrindo o período 1964-1981.

Nenhum comentário: