OBJETIVO #2. Mais uma resenha de The
Creativity of Ditko, livro sobre [quem quem quem? #2] Steve Ditko, que
Craig Yoe organizou. Agora, foi no Comics
Bulletin, por Jason Sacks:
Existem algumas coisas que fazem The Creativity of Ditko especial. Tem alguns artigos instigantes e
maravilhosos que dão ao leitor informações interessantes sobre quem Ditko
realmente era -- não a lenda Ditko, mas fatos sobre o homem, informados por
pessoas que o conheceram (já que ele escolheu nunca falar em público sobre si
mesmo). Tem um punhado de páginas de arte original de Ditko, reimpressas no
livro, que oferecem a chance de apreciar de verdade as suas linhas e a sua
virtuose. Mas, principalmente, The Creativity of Ditko tem 20 histórias nunca antes reimpressas que retratam o período em que
o mestre dos quadrinhos trabalhou para a Charlton Comics, a conhecida
alternativa à Marvel e DC que pagava mal aos seus criadores.
TUDO BRANCO NO PRETO. No blogue Hombre
de Trapo, um excelente artigo sobre o quadrinista suiço Thomas Ott [de The Number 73304-23-4153-6-96-8 e Tales of Error, publicados nos EUA pela
Fantagraphics].
Quais são as principais características gerais de Thomas Ott como autor
de quadrinhos? De forma geral, depois de uma análise superficial, podemos
sintetizá-las em três grandes aspectos principais:
1) São histórias mudas, motivo pelo qual todo o peso da narrativa recai
sobre o desenho. Só aqueles desenhistas que são grandes narradores se atrevem a
desenvolver histórias sem o apoio de palavras.
2) Ott usa com grande freqüência quadrinhos em formato panorâmico, o
que dá às suas obras um ar extremamente cinematográfico. O leitor tem a
sensação de estar vendo passar na frente de seus olhos fotogramas de um filme
(de fato, Thomas Ott estudou Direção Cinematográfica na Universidade de Arte e
Desenho de Zurich -- HGK -- durante os anos de 1998 a 2001, e essa influência é
perceptível de forma intensa em seus quadrinhos, principalmente na planificação
das páginas).
3) Esse talvez seja o aspecto mais original da obra de Thomas Ott, e o
que diferencia ele do resto: o autor desenha usando TINTA BRANCA SOBRE PAPEL
PRETO, ao contrário do que praticamente a totalidade dos outros mortais, que
usam tinta preta sobre um fundo branco. É por isso que dizemos que é um autor
que "desenha em negativo", fazendo um uso muito peculiar da técnica
do chiaroscuro. O resultado alcançado
dá às suas páginas uma atmosfera claustrofóbica e perturbadora, ideal para
expor o lado tenebroso e as misérias da alma humana de seus personagens.
Seguindo o link, você vai
encontrar abundantes imagens que retratam os três pontos.
* * *
Capa da New Yorker dessa semana, de Chris Ware. |
PARTIU. glamourpuss, série
do polêmico quadrinista Dave Sim [Cerberus]
foi cancelada -- estava vendendo 2.400 cópias ao mês. Sim fez uma espécie de
editorial de despedida, anunciando a sua intenção de abandonar os quadrinhos.
Andy Khouri, no Comics Alliance,
comentou tudo isso e um pouco mais.
ENTREVISTA. Sean Edgar entrevistou Brian K. Vaughan, escritor de Ex Machina e Y: O Último Homem [ambas publicadas aqui pela Panini] e Saga.
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