NFN#69


  

ALL STAR. David Fernandéz, da Zona Negativa, entrevistou Frank Quitely. A entrevista é longa e está em espanhol, mas vale o esforço: passa pelos pontos mais interessantes da carreira do cara, tem diversas imagens comentadas e está, basicamente, de parabéns.


MÁGICO BARBUDO #2. No Comics Forum, Lance Parkin escreveu um artigo sobre os inícios de Alan Moore como escritor, em histórias publicadas na revista Doctor Who Monthly, e as suas influências no seu estilo:

Moore já tinha escrito os primeiros capítulos de Marvelman e V de Vingança quando ele saiu de Doctor Who Monthly e, nesse período, ele foi de um escritor novato de quadrinhos a um dos mais respeitados escritores britânicos de quadrinhos [...]. As histórias de Doctor Who de Alan Moore somam 28 páginas ao longo de um pouco mais de um ano, e ele estava escrevendo com diversas restrições e para um público muito jovem. Mesmo assim, no entanto, nós podemos ver progresso em um período curto de tempo [...].


ESQUEMÁTICO. Chris Ware está lidando bem com o ódio de Albert Stabler: inaugurou duas exposições, uma em Chicago [no Carl Hammer Gallery] e outra em Nova Iorque [Adam Baumgold Gallery], coincidindo com o lançamento de sua nova hq, Building Stories. Você vê os convites para as exposições aí em baixo.

Baumgold
Hammer

SOLITÁRIO #10. Eles estão quase lá: Sean Witzke e Matt Seneca, no Comics Alliance, discutem Solo #10, de Damion Scott.

[...] Scott é o único artista de Solo que teve uma fase longa em uma série regular da linha principal da DC -- 37 edições de Batgirl, no final da década de 90 e início dos anos 2000. Nesses gibis, e no trabalho que ele fez depois em Spectacular Spider-Man para a Marvel, ele conseguiu trazer a sua abordagem gráfica mais corajosa ao encontro ao estilo super-heróico da casa de forma suficiente para que ele não se destaque de uma forma ruim. Em Solo, é tudo livre, o domínio é do poder das imagens sobre as convenções dos quadrinhos ou até mesmo sobre a coesão narrativa. O gibi definitivamente faz o que o criador quer que ele faça, com uma leitura embriagante como resultado. Essa é, de longe, a edição mais estranha de Solo.


NÃO SE PODE AGRADAR A TODOS ETC #2. No The Hooded Utilitarian, segue o ódio. Dessa vez, plenamente justificado: Matthew Brady espinafrou, em um artigo looooongo, o Lanterna Verde de Geoff Johns. É difícil citá-lo sem transformar o post em algo quilométrico, mas vou tentar fazê-lo mesmo assim -- com um pedaço da conclusão, um bonito truque sujo para meus leitores preguiçosos [de nada]:

[...] Isto é uma coleção de quadrinhos de super-heróis modernos que implora por ser ignorada e esquecida por qualquer um com meio cérebro. Certamente não é a pior coisa que está aí fora [...], mas ultrapassa esses esforços menores através pela sua influência. De alguma forma, Johns definiu como atingir a nostalgia de homens-crianças como ele mesmo, que não conseguem expandir os limites de sua esfera de conhecimento para além de histórias de behemontes musculosos em roupas coloridas grudadas no corpo, espancando uns aos autos até o esquecimento, e moldou a indústria às suas preferências, convencendo a todos que é assim que as histórias de super-heróis deveriam ser contadas. É um feito impressionante, especialmente considerando que ele não tem a esperteza de Joe Casey ou Grant Morrison, o culto à personalidade de Brian Michael Bendis ou Warren Ellis, ou a humanidade de Mark Waid ou Kurt Busiek. Esses escritores podem não ser os favoritos de todos nós, mas eles provaram que estão quilômetros a frente de Johns, na criatividade ou no estilo, [...] mas assim é o mundo da arte comercial, onde a mediocridade chega ao topo.

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