NFN#59



RIP SÉRGIO TOPPI. O ano tá que tá: morreu o italiano Sérgio Toppi. Poucas coisas dele foram publicadas no Brasil [de cabeça, só lembro de uma edição da série Um Homem, Uma Aventura, publicada pela L&PM ainda na década de 80], mas a sua influência é bastante perceptível no trabalho de  Walter Simonson e Bill Sienkiewicz.

No The Comics Beat, o post da notícia trouxe manifestações de alguns autores sobre o falecimento [incluindo Francesco Francavlla, de Batman: Black Mirror, e o próprio Walter Simonson].

No Universo HQ, Sérgio Codespoti escreveu um obituário mais completo que o de qualquer site americano. No mesmo site, você também encontra uma entrevista que ele deu, com cara de poucos amigos, pro próprio Codespoti e para Sidney Gusman em 2009.


SOLITÁRIO #6. O show não pode parar: Comics Alliance, Sean Witzke e Matt Seneca, chegou a vez de Solo #6, do espanhol Jordi Bernet [Torpedo].

É um gibi realmente bonito. Mas eu também acho que é a primeira edição em que cada história dá certo, onde tudo pelo menos prende a atenção do leitor. Todas as histórias seguem basicamente o modelo testado e aprovado da EC (com a exceção da do Batman, que segue o modelo testado e aprovado da DC), mas Bernet reuniu um punhado de artistas decentes para escrever também histórias sólidas nessa edição. No entanto, é em grande parte a sua própria habilidade em produzir uma página interessante, dando ritmo a uma hq que permanece fresca por todo o caminho e nunca deixando os olhos com fome, mesmo nas partes mais expositivas, o que faz dessa edição uma boa leitura. Claro, você pode folhar isso aqui como um analfabeto funcional e mesmo assim encontrar um monte de coisas agradáveis -- não existe um desenho nessa edição que não seja maravilhoso.


INDESTRUTÍVEL. Albert Ching, do Newsarama, entrevistou Mark Waid -- que, com o relançamento Marvel NOW!, ganhou uma série do Hulk para escrever [Indestructible Hulk], desenhada por Leinil Yu [reeditando a parceria do fraco Superman: Birthright].

[...] eu queria (ao menos inicialmente) ficar longe dos vilões previsíveis -- o Líder, Abominável, e assim em diante -- mas isso tem menos a ver com eles e mais com (parte da) nova direção da revista -- tirar vantagem da durabilidade física do Hulk para enviá-lo a partes do Universo Marvel para recuperar coisas para pesquisas do Banner, coisas que só podem ser encontradas (digamos) no Microuniverso, ou Jotunheim, ou Lemuria.


MONSTRUOSO #4. No Sequart, Andrew Edwards segue com a série Saga of the Swamp Thing do período Alan Moore. Dessa vez é o #24 [desenhos de Steve Bissette e John Totleben], edição que teve a participação da Liga da Justiça.

Nós somos apresentados aos membros da Liga pela narrativa descritiva de Moore. As descrições curtas são perfeitas em mostrar a essencia de cada personagem: "um homem com asas como um pássaro" (Gavião Negro); "um homem que pode ver através do planeta e espremer diamantes de um antracite" (Super-Homem); "um homem que se move de forma tão veloz que a sua vida é uma infinita galeria de estátuas" (Flash).

Se você olhar pra essa bloco de antracite tempo suficiente,
você vai ver a cara dele de desaprovação por não saber o que ele é.
Dizem que também dá pra ver um barco a vela.


CLÁSSICO. Saiu a nova edição da revista Alter Ego, editada por Roy Thomas, publicada desde 1961 e dedicada aos quadrinhos americanos na primeira metade do século passado. Nessa edição [você pode ler um preview aqui] tem uma matéria especial sobre Mort Weisinger, que editou o Super-Homem por quase trinta anos.

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