NFN#60



FINITO. Nessa semana, saiu a última edição da série Scalped, de Jason Aaron e R. M. Guera, a melhor coisa que a Vertigo publicou nos últimos quinze anos – uma história policial ambientada numa reserva indígena que, por si só, justificaria a purgação de fadinhas que 100 Balas [Brian Azzarello e Eduardo Risso] representou para o selo.

A primeira resenha da última edição é essa, de Brian Cronin no CBR. Ela sofre, no entanto, de dois problemas: não faz muito sentido para quem não acompanhava a série – e estraga várias surpresas para os que o faziam. É por sua conta e risco, então.


RIP SÉRGIO TOPPI #2. O The Comics Reporter fez a sua coletânea de links sobre Sérgio Toppi.


AGORA VAI? Monster, o excelente mangá de suspense de Naoki Urasawa, vai ser novamente lançado no Brasil. Agora pela editora Panini, em 18 edições bimestrais de R$ 10,90 e 224 páginas.

Li comentários que agora a série seria de fato concluída [a tentativa anterior, pela editora Conrad, foi abandonada no meio do caminho]: Urasawa teria passado a exigir que as suas séries não fossem publicadas simultaneamente em um mesmo país, mas uma depois da outra, e a Panini também já anunciou a publicação de 20th Century Boys [também de Urasawa], o que indicaria que a editora assumiu o compromisso de ir até o final de Monster.

Bom, o link dessa história toda é esse. Ele te leva para uma pequena entrevista que Urasawa deu para Rebecca Silverman, no Anime News Network, que faz com que a história do compromisso contratual de terminar a série saia da categoria “articulada o suficiente para ser verossímil” e entre na “é bem possível que ninguém saiba do que está falando”.

Você pode explicar o seu pedido em retrasar a publicação em inglês de 20th Century Boys para depois que acabasse a publicação de Monster nessa língua? Quais eram as suas preocupações?

[Visivelmente surpreso] Foi isso que aconteceu? Eu não sabia. Na América, a Viz tem Monster, 20th Century Boys e Pluto, e eu acho que eles não tinham certeza da ordem que eles deveriam ser publicados.


PROVAS. Rob Liefeld vai abandonar todos os títulos que atualmente tem na DC [Deathstroke, Grifter e The Savage Hawkman, ao que parece]. Ninguém se importaria com isso, se não fosse por um pequeno detalhe na notícia do CBR [escrita por Kevin Melrose]:

"Essa é a 4ª vez que eu peço demissão nos últimos 4 meses. Dessa vez é para valer', ele escreveu de um cinema, onde estava assistindo Os Mercenários 2.

Sim, ele confirmou a notícia, pela quarta vez em quatro meses, enquanto estava no cinema, vendo Os Mercenários 2. Acho que podemos trabalhar oficialmente com a hipótese de que Rob Liefeld é um adolescente que encontrou a máquina de desejos do mago Zoltar e pediu para ser um adulto.

I rest my case.

TOME UM ACADÊMICO NAS PALETAS. Seriam duas postagens seguidas que envolvem os quadrinistas do início da década de 90: me vi obrigado a colocar esse link no meio. Ernesto Priego entrevistou, no The Comics Grid, Bart Beaty, professor e coordenador do Departamento de Inglês da Universidade de Calgary e escritor dos livros Fredric Wertham and Critique of Mass Culture [2005], Unpopular Culture: Transforming the European Comic Book in the 1990s [2007] e Comics Versus Art [desse ano e tema da entrevista].

Para seguir o link, você tem que estar disposto a ler sobre coisas como “métodos acadêmicos pouco ortodoxos”, Pierre Bourdieu e “desafios do pós-marxismo” – trata-se, no final das contas, de um professor universitário.


ANOS INCRÍVEIS. Volto a Liefeld: no Sequart, Forrest Helvie iniciou uma série de postagens nas quais pretende contar a história da editora Image Comics, a partir de sua fundação em 1992 [momento de sua criação por parte das principais estrelas da Marvel e da DC à época], com o foco nas primeiras edições das séries publicadas pela editora.

Se tudo tivesse dado errado, eles poderiam ter feito um  remake de PORKY'S!

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