NFN#48




Começa com Hawkeye #1 [Matt Fraction e David Aja, Marvel]: [o traço de David Aja] se ajusta naturalmente às mudanças de tom da história de Fraction, mudanças que são acentuadas pelas cores de Matt Hollingsworth. O Gavião Arqueiro é um personagem que é todo precisão, e essa idéia está refletida nos desenhos, que utilizam uma série de quadrinhos em close-ups para mostrar como Clint vê o mundo. É parecido com o que a equipe artística do Demolidor reflete os sentidos do personagem, mas, em vez do espectro expandido do radar de Demolidor, a visão de Gavião Arqueiro é focada e específica.

Passa por Punk Rock Jesus [Sean Murphy dá continuidade da busca do choque perfeito da Vertigo, mas sem a coragem de fazer um Punk Rock Maomé], Wild Children [de Ales Kot, para a Image, "o que começa como uma história sobre adolescentes armados tomando controle de sua escola por que estão cansados das tentativas da sociedade de fabricar escravos através do emburrecente sistema 'educacional', se transforma em uma análise meta-textual e psicodélica sobre a natureza da existência"], Revival [Image, de Tim Seeley e Mike Norton, uma história de zumbis ambientada em uma cidade pequena de Wisconsin], Debris [Image, de Kurtis J. Wiebe e Riley Russmo, uma "história de ficção científica pós-apocalíptica ambientada em um mundo soterrado por lixo e populada por criaturas biomecânicas nascidas nos dejetos"], Black Kiss 2 [Image, Howard Chaykin] e National Comics: Eternity #1 [DC, Jeff Lemire, Cully Hammer e Derec Donovan, sobre o qual há mais logo abaixo].

E termina com The First X-Men #1, minissérie de Neal Adams [que ganhou uma ajuda com os roteiros de Christos Gage], com Wolverine e Dentes de Sabre protegendo mutantes da perseguição antes da criação dos X-Men: Parte Wolverine And The X-Men, parte X-Men: First Class, First X-Men é um acréscimo redundante para a já superlotada linha de títulos mutantes. A caracterização do par-feral que está no centro da história não encaixa com as outras histórias dos personagens nesse período de tempo, e as suas atitudes foram amenizadas para fazer com que as suas funções no roteiro fossem plausíveis. A ajuda de Gage com o roteiro deu a Adams mais tempo para se focar em seus desenhos, que estão perceptivelmente melhores do que em [Batman:] Odyssey. Um splash-page de duas páginas dos poderes do novo mutante Holo em ação provam que Adams ainda tem talento, o que faz com que seja ainda pior que a história seja tão esquecível.


PROMESSA É DÍVIDA. J. K. Parkin, no CBR, fez uma coletânea das resenhas que apareceram até agora de National Comics: Eternity #1 [Lemire, Hammer, Donovan, DC. Você acabou de ler isso, rapaz], série na qual a DC pretende apresentar os seus personagens secundários, no ritmo de um por edição, à nova cronologia pós-52 -- começando por Kid Eternity, personagem criado em 1942 por Otto Binder e mais conhecido pela sua versão noventista de Grant Morrison.


UM SEGUNDO TARDE DEMAIS. Timothy Callahan resenhou, no CBR, Batman #403 – a edição exatamente anterior antes do início da serialização de Ano Um [de Frank Miller]. O roteiro é de Max Allan Collins [que depois escreveu os livros Estrada para Perdição, que deram origem ao filme de Sam Mendes com Tom Hanks] e os desenhos, de Denys Cowan [que logo depois foi pra série do Questão, com Denny O'Neil]. Na história [continuação da edição anterior, desenhada por Jim Starlin], um policial psicopata pensa que é o Batman -- aquele personagem que é um bilionário psicopata. O trocadilho é de Collins, não meu.


BÁRBARO. David Brothers resenhou Conan The Barbarian, nova série do bárbaro cimério de Brian Wood, Becky Cloonan e James Harren. É no Comics Alliance. O próprio Brian Wood deu as caras nos comentários.


REI #5. No The Kirby Effect, uma entrevista que Jack Kirby deu para Leonard Pitts Jr, em 1986.

PITTS: [...] deve ter sido duro crescer em uma vizinhança que já é normalmente pobre durante a Depressão.
KIRBY: E eu também cometi outro erro.
PITTS: Qual foi?
KIRBY: Nascer baixinho.
PITTS: Por quê isso é um erro?
KIRBY: No East Side isso era um erro porque, bom, os caras maiores batiam nos caras menores. Mas eu compensava, tanto quanto eu podia, com maldade.

"Eu compensava o meu pouco tamanho com maldade"
--- Jack "the king" Kirby, 1986.

LIBERTE O CONTADOR QUE EXISTE DENTRO DE VOCÊ. Marc-Oliver Frisch analisou as vendas da DC no mês de junho. Todd Allen, se preocupou com as vendas da Marvel. Ambos escreveram para o Comics Beat e tiveram um ponto de convergência: as revistas de linha que não estão envolvidas em crossovers vendem mal. 

Nos comentários ao texto de Allen, em meio a um chororô na linha "queremos mais revistas criativas, estamos cansados de mega-eventos, buá buá buá", apareceram Jimmy Palmiotti e Ed Brubaker, e esse último deu a letra em forma de FATALITY:

Eu acho que, considerando que considerando que esse é um artigo sobre número de vendas, vale à pena ressaltar que a atual série do Demolidor, muito embora seja excelente e tenha ganhado prêmios, está longe de estar no topo das vendas.

Essa é a maior frustração que eu tenho em convenções, todo mundo na audiência reclama sobre crossovers e eventos, dizendo que querem uma série auto-contida por uma equipe criativa que esteja se divertindo, mas quando essas hqs são publicadas, elas não tendem a estourar, no que se refere às vendas, com algumas exceções.

Acreditem em mim, se todos os gibis mais vendidos fossem coisas auto-contidas de $3, como Daredevil e Hawkeye, vocês veriam mais disso. Em vez disso, as dez hqs mais vendidas são normalmente de eventos, ou relançamentos que normalmente custam $4 cada.


A MOSCA. Harry Mendryk escreveu, no blogue Simon and Kirby, um artigo sobre os originais de Al Williamson para a história One Of Our Skyscrapers Is Missing, publicada na revista Adventures of the Fly #2 [de setembro de 1959].

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