RESENHISMO NUNCA É POUCO #4. Oliver Sala, do AV Club, repassou os lançamentos da semana.
Começa com Hawkeye #1 [Matt Fraction e David Aja, Marvel]: [o traço de David
Aja] se ajusta naturalmente às mudanças
de tom da história de Fraction, mudanças que são acentuadas pelas cores de Matt
Hollingsworth. O Gavião Arqueiro é um personagem que é todo precisão, e essa
idéia está refletida nos desenhos, que utilizam uma série de quadrinhos em
close-ups para mostrar como Clint vê o mundo. É parecido com o que a equipe
artística do Demolidor reflete os sentidos do personagem, mas, em vez do
espectro expandido do radar de Demolidor, a visão de Gavião Arqueiro é focada e
específica.
Passa por Punk Rock Jesus [Sean Murphy dá continuidade da busca do choque
perfeito da Vertigo, mas sem a coragem de fazer um Punk Rock Maomé], Wild Children [de Ales Kot, para a
Image, "o que começa como uma
história sobre adolescentes armados tomando controle de sua escola por que
estão cansados das tentativas da sociedade de fabricar escravos através do
emburrecente sistema 'educacional', se transforma em uma análise meta-textual e
psicodélica sobre a natureza da existência"], Revival [Image, de Tim Seeley e Mike Norton, uma história de zumbis
ambientada em uma cidade pequena de Wisconsin], Debris [Image, de Kurtis J. Wiebe e Riley Russmo, uma "história de ficção científica
pós-apocalíptica ambientada em um mundo soterrado por lixo e populada por
criaturas biomecânicas nascidas nos dejetos"], Black Kiss 2 [Image, Howard Chaykin] e National Comics: Eternity #1 [DC, Jeff Lemire, Cully Hammer e Derec
Donovan, sobre o qual há mais logo abaixo].
E termina com The First X-Men #1, minissérie de Neal
Adams [que ganhou uma ajuda com os roteiros de Christos Gage], com Wolverine e
Dentes de Sabre protegendo mutantes da perseguição antes da criação dos X-Men: Parte Wolverine And The X-Men, parte X-Men: First Class, First X-Men é um acréscimo redundante para a já superlotada linha de títulos
mutantes. A caracterização do par-feral que está no centro da história não
encaixa com as outras histórias dos personagens nesse período de tempo, e as
suas atitudes foram amenizadas para fazer com que as suas funções no roteiro
fossem plausíveis. A ajuda de Gage com o roteiro deu a Adams mais tempo para se
focar em seus desenhos, que estão perceptivelmente melhores do que em
[Batman:] Odyssey. Um splash-page de duas
páginas dos poderes do novo mutante Holo em ação provam que Adams ainda tem
talento, o que faz com que seja ainda pior que a história seja tão esquecível.
PROMESSA É DÍVIDA. J. K. Parkin, no CBR, fez uma coletânea das resenhas que apareceram até agora de National Comics: Eternity #1 [Lemire,
Hammer, Donovan, DC. Você acabou de ler isso, rapaz], série na qual a DC
pretende apresentar os seus personagens secundários, no ritmo de um por edição,
à nova cronologia pós-52 -- começando por Kid Eternity, personagem criado em
1942 por Otto Binder e mais conhecido pela sua versão noventista de Grant
Morrison.
UM SEGUNDO TARDE DEMAIS. Timothy Callahan resenhou, no CBR, Batman
#403 – a edição exatamente anterior antes do início da serialização de Ano Um [de Frank Miller]. O roteiro é de
Max Allan Collins [que depois escreveu os livros Estrada para Perdição, que deram origem ao filme de Sam Mendes com
Tom Hanks] e os desenhos, de Denys Cowan [que logo depois foi pra série do
Questão, com Denny O'Neil]. Na história [continuação da edição anterior,
desenhada por Jim Starlin], um policial psicopata pensa que é o Batman --
aquele personagem que é um bilionário psicopata. O trocadilho é de Collins, não
meu.
BÁRBARO. David Brothers resenhou Conan The Barbarian, nova série do bárbaro cimério de Brian Wood,
Becky Cloonan e James Harren. É no Comics
Alliance. O próprio Brian Wood deu as caras nos comentários.
REI #5. No The Kirby Effect,
uma entrevista que Jack Kirby deu para Leonard Pitts Jr, em 1986.
PITTS: [...] deve ter sido
duro crescer em uma vizinhança que já é normalmente pobre durante a Depressão.
KIRBY: E eu também cometi outro erro.
PITTS: Qual foi?
KIRBY: Nascer baixinho.
PITTS: Por quê isso é um erro?
KIRBY: No East Side isso era um erro porque, bom, os caras maiores
batiam nos caras menores. Mas eu compensava, tanto quanto eu podia, com
maldade.
"Eu compensava o meu pouco tamanho
com maldade"
--- Jack "the king"
Kirby, 1986.
|
LIBERTE O CONTADOR QUE EXISTE DENTRO DE VOCÊ. Marc-Oliver Frisch
analisou as vendas da DC no mês de junho. Todd Allen, se preocupou com as
vendas da Marvel. Ambos escreveram para o Comics
Beat e tiveram um ponto de convergência: as revistas de linha que não estão envolvidas em crossovers vendem mal.
Nos comentários ao texto de Allen, em meio a um chororô na linha
"queremos mais revistas criativas, estamos cansados de mega-eventos, buá
buá buá", apareceram Jimmy Palmiotti e Ed Brubaker, e esse último deu a
letra em forma de FATALITY:
Eu acho que, considerando que considerando que esse é um artigo sobre
número de vendas, vale à pena ressaltar que a atual série do Demolidor, muito
embora seja excelente e tenha ganhado prêmios, está longe de estar no topo das
vendas.
Essa é a maior frustração que eu tenho em convenções, todo mundo na
audiência reclama sobre crossovers e eventos, dizendo que querem uma série
auto-contida por uma equipe criativa que esteja se divertindo, mas quando essas
hqs são publicadas, elas não tendem a estourar, no que se refere às vendas, com
algumas exceções.
Acreditem em mim, se todos os gibis mais vendidos fossem coisas
auto-contidas de $3, como Daredevil e
Hawkeye, vocês veriam mais disso. Em
vez disso, as dez hqs mais vendidas são normalmente de eventos, ou
relançamentos que normalmente custam $4 cada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário