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No final do ano passado, Jerusalém, o novo livro de Alan Moore, foi finalmente publicado. Consequentemente, pipocaram uma enxurrada de links sobre o ex-quadrinista. Podemos abrir os trabalhos com essa perfil escrito por Nat Segnit para a The New Yorker -- que, depois de comparar Moore com William Blake, define o escritor como um “a high-functioning stoner”.
Segnit não fala de Blake apenas por causa da semelhança física entre Moore e o seu Urizen.
“Como Blake”, diz Segnit, “Moore está comprometido com um sistema de símbolos e divindades de sua própria criação. Gull e o Dr. Manhattan moram em um reino místico que está além do tempo; eles se afastam de Blake ao ter pés de barro. Gull é um fanfarrão pomposo. Os super-heróis de Watchmen são paródias desencantadas e aposentadas do poderio americano. Muito do apelo de Moore está no bathos: os seus deuses estão caídos, são ao mesmo tempo numinosos e mundanos. Conforme o escritor Ian Sinclair, um amigo de Moore que o quadrinista consultou sobre a Londres do século XIX de From Hell, Moore trabalha ‘na mesma tradição de William Blake, onde você cria a sua própria cosmologia a partir de reluzentes detalhes locais’ e, assim, ‘encarna o espírito não conformista da localidade’”. [QUADRINHOS]
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