ALAN MOORE: “A MÁGICA ERA A ÚNICA ÁREA DO CONHECIMENTO HUMANO QUE PODERIA OFERECER UMA FORMA DE RESOLVER ESSAS IDEIAS INTRIGANTES E NOVAS”

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Alan Moore foi entrevistado por Sam Proctor, do site PAGAN DAWN. Como você pode imaginar, os dois falaram basicamente sobre mágica. E sim, Moore estava bêbado quando decidiu tomar esse caminho: “eu estava em um bar de motoqueiros comemorando o meu aniversário, Jazz Butcher estava tocando e eu estava muito bêbado”.

A parte disso que interessa mais para o nerdismo é a que se refere aos gibis. Primeiro: o ponto de partida de seu interesse pela mágica foi Do Inferno. Diz Moore: “foi uma linha de diálogo que eu dei para o personagem principal de Do Inferno, dizendo que o único lugar em que os deuses com certeza existem era no domínio da mente humana, onde eles eram reais em toda a sua 'grandeza e monstruosidade'. Pensando sobre as implicações dessa linha escrita de forma casual, fiquei sem nenhuma forma aparente de refutá-la, e, portanto, precisava ajustar a minha racionalidade, então excessivamente estreita. O território até então não examinado da mágica me pareceu a única área do conhecimento humano que poderia oferecer uma forma de resolver essas ideias intrigantes e novas”.


Segundo: como você também pode imaginar, o gibi de Moore no qual a mágica é mais importante é Promethea. De novo, ele diz: “a minha intenção original com Promethea era criar uma forma mais inventiva e melhor concebida para os gibis de super-heróis, usando as garotas das capas de Margaret Brundage e as heroínas da era pulp de Leigh Brackett como ponto de partida. Depois de uma ou duas edições, comecei a ver que um personagem como esse poderia se desenvolver também de forma a expressar de forma lúcida as ideias que, naquela época, já há algum tempo estavam no centro dos meus pensamentos e da minha abordagem à criatividade”. [QUADRINHOS]

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