JACK KIRBY: “ALGUMAS DAS COISAS MAIS BÁSICAS QUE ESPERAMOS DE ARTISTAS NÃO SE APLICAM A KIRBY”

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Alexi Worth escreveu um perfil de Jack Kirby para a revista arte contemporânea Art in America. É um perfil desde o ponto de vista da artê. A partida é a exposição Comic Book Apocalypse: The Graphic World of Jack Kirby, de Charles Hatfield [Hand of Fire] e Ben Saunders, e uma exibição na Rhode Island School of Design, que “incluiu imagens de Kirby ao lado de pinturas de figuras estabelecidas como Elizabeth Murray e Jim Nutt”.

Poderia ser esse o início “de uma maior apreciação dos méritos de Kirby”? Não é tão fácil: “As 35000 páginas supostamente desenhadas por Kirby talvez façam dele o mais prolífico desenhista da história da nossa espécie. Muitas dessas páginas são claramente apressadas, e é justo se perguntar se o seu estilo seco e impaciente reflete a pressão dos prazos que governavam a sua semana. Algumas das coisas mais básicas que esperamos de artistas, liberdade, toque particular, concentração febril em imagens singulares, não se aplicam a Kirby”.


MAS: “as suas fraquezas também eram os seus pontos fortes. O excesso na sua produção, por exemplo, explica quase sozinho o desenvolvimento gradual de um estilo excêntrico que não tem precedentes óbvios, e que parece ter nascido das demandas do próprio meio. Desde o início, amigos e colegas dizem que Kirby desenhava a partir da parte de cima da página, desenhando de forma contínua, sem hesitar ou apagar nada”. [QUADRINHOS]

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