NFN#76



IRRESPONSABILIDADE COMO MÉTODO. Aproveitando o lançamento do primeiro encadernado de The Manhattan Projects, Chris Sims, do Comics Alliance, entrevistou o escritor Jonathan Hickman [os desenhos são de Nick Patarra]. Resulta que o objetivo da série é ser light e não hiper-planejada -- como seria de se esperar pela fama de Hickman. Nas suas palavras:

[...] Eu acabei de terminar um projeto, no último retiro da Marvel, para dois anos e meio de Vingadores, um gibi que é publicado duas vezes por mês. É assim que eu normalmente trabalho. Mas muito disso é porque eu ainda sou relativamente novo nisso, então eu traço parâmetros a partir dos quais eu trabalho ou limites para como eu trabalho apenas para ter certeza que eu consigo ser criativo e não imprudente. Mas isso [The Manhattan Projects] é diversão. Isso é um monte de diversão. [...] O objetivo era escrever de forma puramente orgânica, de um modo orgânico pela primeira vez. Esse era o objetivo. Não sabia que eu ia gostar tanto ou que teria resultado, e todas essas coisas [...].


PRETÉRITA. No AV Club, Team 7 #0, ponto de partida para a série que faz parte do second wave dos Novos 52 da DC, ganhou uma resenha de Oliver Sala. A série é de Justin Jordan [roteirista que acabou de perder o prêmio Harvey de autor revelação para Sara Pichelli] e Jesús Merino [desenhista espanhol mais conhecido por ser o arte-finalista habitual de Carlos Pacheco].

Nela, o-lado-sombrio-da-CIA-feito-personagem, John Lynch, forma um grupo [o Team 7] que reúne o elenco de mercenários da DC [Grifter, Deathstroke] e uma vibe anos 90 [roupas com bolsos suficientes para armazenar tudo o que eu vou ter na minha vida; armas gigantes; sarcasmo primário] para combater o surgimento de seres super-poderosos dentro do universo da editora -- a ambientação é no mesmo passado recente em que se passa Action Comics, revista com a origem do Super-Homem até pouco tempo escrita por Grant Morrison.

Conforme Sala:

The Strange Talent Of Luther Strode de Jordan mostrou o seu talento para usar humor como um contraste para a violência gráfica. Ainda que Team 7 não tenha ninguém com as suas tripas chutadas para fora de seu corpo, ainda usa humor para equilibrar a ação. Não apenas piadas. Os personagens de Jordan são inteligentes, mas a maior parte da leveza da revista vêm de mostrá-los desfrutando do que fazem. [...] essa primeira edição dá a entender que a DC finalmente entendeu o potencial desses personagens no seu novo universo. Não tem o pesar e a tristeza que parece ter caído sobre a maioria dos outros títulos da linha da DC, e, no final da edição, quando Lynch diz "vamos salvar o mundo", até parece algo que a equipe poderia conseguir.
  

QUACK. Tim Marchman resenhou, no Wall Street Journal, Only a Poor Old Man, hq publicada pela Fantagraphics com várias histórias do Tio Patinhas feitas por Carl Barks -- criador do personagem e principal quadrinista da Disney de todos os tempos.

Lendo histórias como "Back to the Klondike" ou "The Secret of Atlantis", a primeira coisa que você percebe, mesmo se você já soubesse disso, é a eficiência do traço e da narrativa de Barks. Nessa última, Barks precisa de seis quadrinhos para estabelecer tudo que você precisa saber: eles incluem um com o Tio Patinhas sentado em uma pilha de dinheiro, um com ele andando no sulco que ele criou em sua Sala da Preocupação, e um dele majestosamente carrancudo pensando em colocar um cobrador de dívidas atrás de Donald, que lhe deve uma moeda. A história rapidamente se amplia para incluir Tio Patinhas enganando Donald para cobrar ele mesmo a moeda, um esquema para comprar todas as moedas de 25 centavos do mundo, uma briga na Atlas Pie Co, e a revelação de que Atlantis está habitada por descentes do antigo Egito, e usam enguias para dar energia a jukeboxes.



PARA O ALTO E AVANTE #5. Sabe o que fazia tempo que não aparecia? Uma resenha de Superman: The High-Flying History of America’s Most Enduring Hero, de Larry Tye. J. Caleb Mozzocco escreveu a sua, no CBR, que foi expandida no seu blogue, Every Day is Like Wednesday. Nesse último, Mozzocco copiou o seguinte trecho do livro -- leia-lo proceda a recalcular a sua posição perante a vida, o universo e tudo mais:

"A linha de quadrinhos da família Super-Homem se manteve no topo das vendas ao longo dos anos 60, mas as suas vendas estavam caindo e a sua liderança, encolhendo. Batman caiu antes e mais fundo, ao ponto que a namorada do Super-Homem, Lois Lane, vendia mais do que ele e a National pensou em matar o cruzado mascarado; ele foi salvo pela série de TV, que começou em 1966".

Um comentário:

Anônimo disse...

saudoso tio patinhas! hshs