IRRESPONSABILIDADE COMO MÉTODO. Aproveitando o lançamento do
primeiro encadernado de The Manhattan
Projects, Chris Sims, do Comics
Alliance, entrevistou o escritor Jonathan Hickman [os desenhos são de Nick
Patarra]. Resulta que o objetivo da série é ser light e não hiper-planejada --
como seria de se esperar pela fama de Hickman. Nas suas palavras:
[...] Eu acabei de terminar um projeto, no último retiro da Marvel, para dois
anos e meio de Vingadores, um gibi que é publicado duas vezes por mês. É assim
que eu normalmente trabalho. Mas muito disso é porque eu ainda sou
relativamente novo nisso, então eu traço parâmetros a partir dos quais eu
trabalho ou limites para como eu trabalho apenas para ter certeza que eu
consigo ser criativo e não imprudente. Mas isso [The Manhattan Projects] é
diversão. Isso é um monte de diversão. [...] O objetivo era escrever de forma puramente orgânica, de um modo
orgânico pela primeira vez. Esse era o objetivo. Não sabia que eu ia gostar
tanto ou que teria resultado, e todas essas coisas [...].
PRETÉRITA. No AV Club, Team 7 #0, ponto de partida para a série
que faz parte do second wave dos
Novos 52 da DC, ganhou uma resenha de Oliver Sala. A série é de Justin Jordan
[roteirista que acabou de perder o prêmio Harvey de autor revelação para Sara
Pichelli] e Jesús Merino [desenhista espanhol mais conhecido por ser o
arte-finalista habitual de Carlos Pacheco].
Nela,
o-lado-sombrio-da-CIA-feito-personagem, John Lynch, forma um grupo [o Team 7]
que reúne o elenco de mercenários da DC [Grifter, Deathstroke] e uma vibe anos
90 [roupas com bolsos suficientes para armazenar tudo o que eu vou ter na minha
vida; armas gigantes; sarcasmo primário] para combater o surgimento de seres
super-poderosos dentro do universo da editora -- a ambientação é no mesmo
passado recente em que se passa Action
Comics, revista com a origem do Super-Homem até pouco tempo escrita por
Grant Morrison.
Conforme Sala:
The Strange Talent Of Luther
Strode de Jordan mostrou o seu talento para
usar humor como um contraste para a violência gráfica. Ainda que Team 7 não tenha ninguém com as suas tripas
chutadas para fora de seu corpo, ainda usa humor para equilibrar a ação. Não
apenas piadas. Os personagens de Jordan são inteligentes, mas a maior parte da
leveza da revista vêm de mostrá-los desfrutando do que fazem. [...] essa primeira edição dá a entender que a DC
finalmente entendeu o potencial desses personagens no seu novo universo. Não
tem o pesar e a tristeza que parece ter caído sobre a maioria dos outros
títulos da linha da DC, e, no final da edição, quando Lynch diz "vamos
salvar o mundo", até parece algo que a equipe poderia conseguir.
QUACK. Tim Marchman resenhou, no Wall Street Journal, Only a
Poor Old Man, hq publicada pela Fantagraphics com várias histórias do Tio
Patinhas feitas por Carl Barks -- criador do personagem e principal quadrinista
da Disney de todos os tempos.
Lendo histórias como "Back to the Klondike" ou "The Secret of Atlantis", a primeira coisa que você percebe, mesmo
se você já soubesse disso, é a eficiência do traço e da narrativa de Barks.
Nessa última, Barks precisa de seis quadrinhos para estabelecer tudo que você
precisa saber: eles incluem um com o Tio Patinhas sentado em uma pilha de
dinheiro, um com ele andando no sulco que ele criou em sua Sala da Preocupação,
e um dele majestosamente carrancudo pensando em colocar um cobrador de dívidas
atrás de Donald, que lhe deve uma moeda. A história rapidamente se amplia para
incluir Tio Patinhas enganando Donald para cobrar ele mesmo a moeda, um esquema
para comprar todas as moedas de 25 centavos do mundo, uma briga na Atlas Pie Co,
e a revelação de que Atlantis está habitada por descentes do antigo Egito, e
usam enguias para dar energia a jukeboxes.
PARA O ALTO E AVANTE #5. Sabe o que fazia tempo que não aparecia? Uma resenha de Superman: The High-Flying History of America’s Most Enduring Hero, de Larry Tye. J. Caleb Mozzocco escreveu a sua, no CBR, que foi expandida no seu blogue, Every Day is Like Wednesday. Nesse último, Mozzocco copiou o seguinte trecho do livro -- leia-lo proceda a recalcular a sua posição perante a vida, o universo e tudo mais:
"A linha de quadrinhos da família Super-Homem se manteve no topo das vendas ao longo dos anos 60, mas as suas vendas estavam caindo e a sua liderança, encolhendo. Batman caiu antes e mais fundo, ao ponto que a namorada do Super-Homem, Lois Lane, vendia mais do que ele e a National pensou em matar o cruzado mascarado; ele foi salvo pela série de TV, que começou em 1966".
Um comentário:
saudoso tio patinhas! hshs
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