KIRBY + WILLIAMSON. Tá vendo a primeira imagem das três que
encabeçam o post? É da história The Face
On Mars, publicada na revista Race
For The Moon #2 [de setembro de 1958], onde Jack Kirby foi arte-finalizado
por Al Williamson.
Você vai ser uma pessoa mais
feliz se clicar na imagem para vê-la ampliada. Depois você pode seguir esse link para ler uma análise dela no blogue Simon
and Kirby.
JAPA + PORTUGA. Pedro Moura, do Ler BD,
resenhou Homunculus, que foi
publicado aqui no Brasil pela Panini, de Hideo Yamato -- que, por sua vez, é o
mesmo quadrinista que fez o mangá-doença Ichi
the Killer, que virou um filme-mais-doença de Takashi Miike. Sobre a
relação entre as duas séries, Moura escreveu:
A série mais conhecida, anterior, de Yamamoto, foi Ichi the Killer, cuja circulação se tornou particularmente
marcante pela sua adaptação cinematográfica na versão magnífica (ou horrenda,
doentia?) de Takashi Miike. Apesar do grau altíssimo de violência, gore e
loucura dessa outra série, o factor decisivo do seu sucesso foi o tratamento
profundo da dolorosa relação psicológica do protagonista, Ichi, consigo mesmo:
atormentado desde a sua infância, abismado pela sexualidade, legado no conflito
entre dois clãs de yakuza, essa tormenta parece encontrar uma solução, mesmo
que momentânea, no confronto directo com outro assassino demencial, Kakihara
(desempenhado no filme pelo sublime Tadanobu Asano, que também protagonizou um
filme baseado na obra de Tsuge). São esses dois aspectos que são herdados por
esta nova série: a preocupação com a exploração das psiques das personagens e a
eleição de um espaço de confronto, relação e crescimento entre duas
personagens.
BASCOS + CATALÃES. Ciro I. Marcondes, do Raio Laser, resenhou El
Invierno del Dibujante, hq de Paco Roca publicada pela editora basca
Astiberri, que, em 2011, fez muito sucesso na Espanha -- levou, inclusive, os
dois principais prêmios dedicados exclusivamente a espanhóis do Saló
Internacional de Cómic de Barcelona, o mais importante do pais.
É a história real de cinco
quadrinistas espanhóis que, na Barcelona de 1957, tentaram publicar a sua
própria revista independente, a Tio Vivo.
Como a história é contada em fragmentos fora de ordem, em chave
absolutamente melancólica – vemos, afinal, a euforia de se abrir uma editora
independente e de se livrar das “garras opressoras”; e depois a decepção do
naufrágio de toda empreitada e o retorno, com o rabo entre as pernas, dos
cartunistas para a Bruguera – a experiência de se ler El invierno del dibujante
não pode ser diferente de um impressionismo contemporâneo, em que não
conseguimos efetivamente nos tornarmos íntimos de seus personagens, mas ao
mesmo tempo percebemos as sombras fantasmáticas de seus existências, de seus
autógrafos dados, as piadas contadas, de seus rascunhos nunca publicados. Este
impressionismo reverbera em um olhar mais severo a respeito das condições
difíceis de uma vida sob imperiosa ditadura, somadas às imposições castradoras
de um mercado editorial potente.
LEGAL. Daniel Best, do 20th
Century Danny Boy, segue publicando artigos sobre processos judiciais relacionados aos quadrinhos. Agora, foi o depoimento de John Byrne no processo
que Marv Wolfman ajuizou contra a Marvel pelos direitos de Blade [personagem
que teve a sua primeira aparição na série Tomb
of Dracula, em sua clássica fase escrita por Wolfman e desenhada por Gene
Colan; o processo é do final da década de 90, quando o personagem ganhou o seu
primeiro filme].
O resumo: o depoimento de Byrne
detonou a tese de Wolfman.
John Byrne: quadrinista, testemunha e EXECUTOR. |
A VIDA CONTINUA. Matthias Wivel resenhou, em seu blogue [The Metabunker], as duas últimas hqs de
David B., Les Faux visages e Les Meilleures ennemis, dois de seus
trabalhos pós-Epiléptico [aqui publicado pela Conrad; que fique, inclusive,
registrada a recomendação].
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