CIENTOLOGIA. Tony Ortega, do Village
Voice, publicou uma entrevista que Neil Gaiman, cientologista de
segunda geração, deu à rádio BBC. Com sete anos de idade.
SLICE OF LIFE. No The Comics Journal, Rob Clough resenhou Monsieur Jean: The Singles Theory, de Philippe Dupuy e Charles
Berberian. Pela descrição, parece uma versão mas sutil do típico
quadrinho mezzo auto-biográfico, mezzo auto-depreciativo do undigrudi
americano:
O acontecimento mais traumático dessa história é que o melhor amigo de
Jean, Felix, se vê obrigado a morar com ele depois de ser largado por uma agora
ex-namorada. A dupla bebe, come, vai a festas, trova mulheres e troca
comentários espirituosos.
RISE #4. Ross Douthat, no New York Times, também falou sobre as politiquices de The Dark Knight Rises.
Como eu [dar-se crédito é uma parte], corneteou a resenha de Andrew
O’Hehir, no Salon:
Sem entrar muito fundo no por que a caracterização que O'Hehir fase da
"mais pura forma" de fascismo consegue excluir cada um dos aspectos
definidores do fascismo da forma em que ele de fato existiu, deixe-me apenas
dizer que um filme do Batman genuinamente "fascista" teria concluído
com o cruzado mascarado usando o caos gerado pelos terroristas e
revolucionários como uma justificativa para afastar as instituições políticas
que existem em Gotham e controlar a cidade por decreto, com as empresas Wayne
fusionadas com a prefeitura, o bat-sinal servindo de brasão a cada edifício
público, e a vontade coletiva do povo de Gotham canalizada através da vontade
individual superior de Il Batman (e o seu sucessor, Der Robin, provavelmente).
Não faço a menor idéia de se isso
é pertinente ou não [não vi o filme, minhas mãos coçam], mas não consigo evitar
o registro:
Tudo isso para dizer que Nolan não está tentando empurrar uma parábola,
versão Ayn Rand, sobre heróicos capitalistas de Gotham ameaçados por
arruaceiros parasitas ressentidos. O seu modelo, como as referências literárias
do filme deixem claro, é Um Conto de Duas Cidades, não A Revolta de Atlas, o
que quer dizer que ele está ao mesmo tempo tanto reconhecendo as injustiças do
regime existente, quanto sugerindo que as alternativas revolucionárias e
anarquistas seriam muito, muito piores. Ao longo da trilogia, o que separa
Bruce Wayne de seus mentores da Liga das Sombras não é a crença na bondade de
Gotham; é a crença que vale a pena defender uma ordem imperfeita, e de que
coisas piores que corrupção e desigualdade vão seguir à derrubada dessa ordem.
Essa é uma mensagem conservadora, mas não uma triunfalista, de bater no peito e
celebrar o capitalismo: mostra um "toryismo discreto" [...] no lugar de um americanismo ruidoso, e deve
mais a Edmund Burke do que a Sean Hannity.
Esse é Edmund Burke, se perguntando como ele foi parar em uma resenha de um filme do Batman. |
VILANIA. Kiel Phegley, do CBR,
entrevistou Chuck Dixon, que escreveu A
Queda do Morcego e criou Bane, o vilão de The Dark Knight Rises. E resulta que, ei, os caras da DC são legais:
Graham e eu assinamos contratos de participação [...]. Nós vimos
dinheiro de Bane o tempo todo -- dos jogos de Lego aos espaguetes em forma de
Bane. Nós sempre pegamos um pedaço do que o Bane gera. Nós vamos ganhar
dinheiro pelo filme [...]. Em Batman Begins, na cena em que Bruce Wayne escolhe o batmóvel a partir de sua própria
garagem -- eu liguei para Paul e disse 'Eu sou o único cara que escreveu essa
cena em Detective [Comics] #0. Em
todas as outras versões, ele e Alfred construíam o carro'. E Paul disse 'você
tem razão' e me deu um cheque.
"Eu fui o primeiro escritor de Batman a usar uma camiseta havaiana segurando um gibi do GI Joe. Onde está meu cheque?" |
PRIMEIRA PÁGINA. Ainda no CBR,
Greg Burgas analisou a primeira página de Sandman
#12 [Neil Gaiman e Chris Bachalo]. No mesmo post, tem a versão original e a
recolorização para o Absolute Sandman.
Preferi a primeira: a luz photoshopada a partir dos lustres me pareceu
especialmente lamentável.
ALEGRIA ALEGRIA. Mais CBR:
Kiel Phegley entrevistou Grant Morrison. Passou pela nomeação de Morrison como membro da "Most Excellent Order of the British Empire" e pelo
livro Supergods para chegar nova
série Happy!, que o próprio vai
escrever com desenhos de Darick Robertson [para a Image].
SAI DAQUI INDIE. Na Berserker
Magazine, uma coletânea das notícias relativas a quadrinhos alternativos
que foram paridas na SDCC.
FORA DA CASINHA. No Diversions
of the Groovey Kind, foi pro ar um texto de Rich Buckler sobre o surrealismo nas capas de hqs – com várias capas do próprio.
VINGATIVOS. Tava cansado do CBR?
Cada um com seus problemas. Dave Richards entrevistou Jonathan Hickman, que vai
assumir os roteiros da nova série dos Vingadores.
LACÔNICO. SÓ QUE NÃO. Isso é sensacional [não me julgue]. Você se
lembra do perguntas e respostas do Guardian
ao Daniel Clowes, que eu linkei aqui ontem? Ele publicou um antes-e-depois em seu blogue. Basicamente, como Daniel Clowes parece ignorar o conceito de “respostas curtas”, Rosanna
Greenstreet decidiu respondê-las por ele com base em palavras aleatoriamente
escolhidas dentro de uma frase:
Qual seria o seu super poder?
RESPOSTA:
Quando eu era adolescente, lembro de desejar que eu tivesse os poderes
do Homem-Elástico, para que eu pudesse estender o meu braço até o andar de
baixo e alcançar a comida na cozinha sem ter que me levantar da cadera.
Resposta impressa:
Os poderes do Homem-Elástico.
Quais são as palavras ou frases que você mais usa?
RESPOSTA:
Uma vez, em uma resenha do filme Ghost World, o crítico John Simon
citou extensamente uma entrevista dispersa que eu dei para argumentar que eu
era um idiota inarticulado. Acho que eu sei a palavra "realmente"
umas nova vezes em duas frases.
Resposta impressa:
"Realmente".
Se você pudesse voltar no tempo, o que você faria?
RESPOSTA:
Gosto de pensar que eu mataria Hitler ou me asseguraria da divindade de
Cristo, mas, na verdade, eu gostaria de ver como era o meu bairro quando a
minha casa foi construída em 1912. Ou talvez dar uma passada em Bodega Bay
quando Hitchcock estava filmando Os Pássaros.
Resposta impressa:
Mataria Hitler.
LENDO ALAN MOORE #2. Tim Callahan não desistiu e por isso foi
recompensado: chegou a vez de reler Supreme,
de Alan Moore. É no Tor.
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