KANE x KANE. John Kane resenhou, no The Savage Critics, Superman
Special #1, um gibizinho honesto de 1983 escrito e desenhado por Gil Kane.
O verdadeiro valor de SUPERMAN SPECIAL é que ele serve como uma mostra da arte de Gil Kane. Cada quadrinho de
cada página tem algo de Gil-tástico acontecendo dentre de seus limites. Até
mesmo os próprios limites são dignos de nota. Se existe algum exemplo melhor de
como usar separações em diagonal de um quadrinho de forma a aprimorar a
coerência e o ritmo, então eu aposto que quem a fez leu esse gibi. Dentro dos
painéis, as próprias figuras são exemplos perfeitos de perspectiva e
posicionamento.
RISE #2. Fiz uma coletânea de resenhas de The Dark Knight Rises no outro dia, mas hoje
apareceu essa de Neal Adams [no Los Angeles Times]. Ela não é especialmente boa, mas tem uma qualidade
que nenhuma outra tem: foi escrita por Neal Adams.
FANBOYISMO PRA GAIOLA. Pode ser que Neal Adams tenha corrido um
risco desnecessário: alguns fanboys tiveram reações mais exaltadas àquelas
resenhas negativas de The Dark Knight
Rises no Rotten Tomatoes, o que levou ao fechamento da seção de comentários do filme no site. Também gerou
um "p. s." na resenha do Wall
Street Journal [de Joe Morgenstern], um post no blogue Speakeasey, do próprio WSJ [agora por Jason Evans] e outro de
Avi Green, no The Four Color Media
Monitor.
Curiosamente, anos atrás, quando
eu estava amealhando fama e fortuna escrevendo para o falecido Gordurama, o e-mail mais raivoso que eu
recebi foi a troco de uma resenha de Batman
Begins.
Homenagem ao fã de Batman enraivecido, que não sei deixou abater mesmo depois de todos esses anos. |
VORTEX. Graeme McMillan, no Comics
Alliance, noticiou o lançamento de Los
Angeles, nova série de Kevin Eastman [co-criador de As Tartarugas Ninja]. E
parece que alguém está preso em algum dia do ano de 1989, como em Feitiço do Tempo.
UM DIA, APENAS FORMADOS EM DIREITO VÃO LER QUADRINHOS #2. Mais uma
tonelada de papéis sobre o processo de Joe Shuster e DC Comics, pelos direitos
do Super-Homem. Dessa vez, pelas mãos de Jeff Trexler, do Comics Beat, e, como não, Daniel Beast, do 20th Century Danny Boy.
RISE #3. Walter Oppenheimer entrevistou Christopher Nolan, no El País.
O filme [antes mesmos dos
trágicos acontecimentos de sua estréia] se envolveu em uma mini-polêmica, que
ganhou alguma proporção a partir de uma ironia meia-boca de Rush Limbaugh [com
base em uma matéria mal-explicada do Washington
Examiner]; do outro lado do espectro político, além de se regozijo com a
suposta paranóia de Limbaugh, houve caras feias e uso da palavra-gatilho favorita
das esquerdas, fascismo, nas definições do filme [de cabeça, lembro de uma
resenha em Salon, de Andrew O'Hehir,
e em Sequart, por Julius Darius] –
diante das referências anti-OWS da história [o que, aparentemente, já serve
para te qualificar como um fascista].
Sobre isso, Nolan respondeu:
O que me interessa e surpreende disso é o fenômeno das pessoas que
tentam analisar o filme politicamente, e não percebe que existem outras pessoas
analisando o filme desde a perspectiva oposta. O filme não é nem de direita,
nem de esquerda. Não tem nada a ver com política. Ele tenta falar de coisas
reais do mundo de hoje, que significam alguma coisa para as pessoas e provocam
reações no público.
ABSTRATO #2. Andrei Molutiu, da palestra "Jack Kirby,
Modernismo e Abstração" [na SDCC, linkada aqui no outro dia], deu uma entrevista sobre o tema por Susan
Myrland, do UT San Diego.
DAS TREVAS #3. Fechando a série sobre artistas icônicos do Batman,
no Pop Culture Safari!, chegou a vez
de Neal Adams [tenho a impressão que estou andando em círculos hoje].
KA-BOOM. No início da década de 90, os quadrinistas David B., Lewis
Trondheim, Jean-Christophe Menu, Stanislas, Killoffer e Mattt Konture se
reuniram para criar uma nova editora, L’Association. Logo tudo explodiu em
lágrimas, dedos em riste, acusações recíprocas e diversas outras coisas que
poderiam ser agrupadas sob o eufemismo "divergências criativas".
Pedro Moura, do blogue LerBD,
resenhou, numa tacada só, quatro livros sobre o tema.
PING-PONG. Daniel Clowes passou por um
"perguntas-e-respostas", com Rosanna Greenstreet, no The Guardian. O homem é um poço de
alegrias:
Qual é a sua lembrança mais antiga?
Garotos mais velhos me derrubando no chão e chutando a minha cara
várias vezes.
Qual é a pessoa viva que você mais admira, e por quê?
É uma tarefa para tolos gastar tempo admirando alguém.
Daniel Clowes, enfrentando graves dificuldades para conter uma avalanche de alegria. |
DESPEDIDAS. Joey Esposito entrevistou Greg Rucka, para o IGN. E resulta que o cara vai cair fora
da série do Justiceiro depois de Punisher
War Zone. A despedida se deu de forma melancólica: “Em algum momento dos últimos meses eu fui informado que a série do
Justiceiro seria cancelada, e que o ele acabaria em uma série de equipes que eu
não vou escrever”.
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