NFN#17


Essa maravilha que vocês estão vendo aí em cima é a primeira página de Detective Comics #475, desenhada por Marshall Rogers e arte-finalizada por Terry Austin [o roteiro é de Steve Englehart]. Colin Smith analisou ela para o seu blogue, Too Busy Thinking About My Comics.

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Falando em Steve Englehart, Marcus Gilmer, Will Harris, Jason Heller, Noel Murray, John Semley, David Sims, e John Teti fizeram essa lista para o AV Club de hoje: 15 criadores que pediramdesculpas pela sua peça de arte ou de entretenimento.

Para torcer as expectativas de meus leitos, já informo que Steve Englehart não está nela. Mas o ponto é ele poderia estar:

O colorista tentou insinuar que ele usa peruca e deveria pedir desculpas também.

[Brian Cronin, em uma coluna de três anos atrás para o CBR, deu mais detalhes sobre como as coisas chegaram nesse ponto: é um ato deliberado de sabotagem. Steve Englehart não é o Tyler Durden que nós merecemos; é Tyler Durten que nós precisamos!].

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Rich Johnston, do Bleeding Cool, transcreveu uma entrevista de George Pérez [que recém encerrou a sua fase na revista Superman, seis edições desenhadas pelo espanhol Jesus Merino que não foram muito bem recebidas pela crítica] para uma rede de TV. Ele detonou a DC:

Infelizmente, quando você escreve um personagem importante você tem que fazer muitas concessões e me fizeram certas promessas, e, infelizmente, não por culpa de Dan DiDio, ele já não tinha mais a última palavra, muitas pessoas tomavam decisões, umas iam contras as outras, de forma contraditória, de novo no meio da história. Às pessoas que gostaram do meu arco em Superman, eu agradeço. O que vocês leram, eu não sei. Depois que eu escrevia... Dizia para eles ‘aqui está o meu roteiro, se vocês querem mudá-lo, essa é uma prerrogativa de vocês, não me digam. Não me peçam para editá-lo, para corrigi-lo, para mudar alguma coisa que vocês vão mudar de novo se não concordarem. Super-Homem é um grande personagem, eu estava lisonjeado pela responsabilidade, mas isso estava ficando um pouco difícil.

Não é só:

Eu não fazia idéia que Grant Morrison ia estar trabalhando em outra série do Super-Homem, não fazia nem idéia que a minha transcorria cinco anos a frente, o que significa, para minha história eu não podia fazer algumas coisas sem saber o que ele fez, e Grant não estava falando nada para ninguém, então eu estava meio que amarrado, não sabia quem existia, a DC não podia me dar respostas.

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Serve para você não se surpreender com isso: na outra grande entrevista do dia, Ed Brubaker, para Tom Spurgeon, no The Comics Reporter, confirmou que está de saída da série do Capitão América, depois de quase oito anos [só por que, no outro dia, eu disse que Marvel estava de parabéns em mantê-lo].

Por quê?

Em parte, é o início de uma mudança de trabalho para editoras para livros que eu tenho os direitos. Cheguei a um ponto no meu trabalho para as grandes editoras que eu estava começando a me sentir cansado dele. Estão acabando os super-heróis do meu tanque, basicamente. Foi um grande trabalho e eu acho que encontrei uma forma de levar a minha voz a eles, mas existem outras coisas que eu quero tentar como escritor também, então vou fazer isso por um tempo.

Recentemente, Paolo Rivera, então desenhista da atual fase da revista do Demolidor [escrita por Mark Waid] anunciou a sua saída da série por motivos similares [esse último link te leva para o Comics Beat].

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Para acabar com as entrevistas do dia, Rob Steibel, do Kirby Dinamics, recuperou uma de Stan Lee para revista Circus, em julho de 1978.

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Rob Clough, em seu blogue High-Low, resenhou A Drifting Life, autobiografia de Yoshihiro Tatsumi que eu comentei aqui nesses dias.

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Alec Berry e Chad Nevett discutiram [também no CBR] a recém encerrada fase de Brian Michael Bendis e Alex Maleev na série do Cavaleiro da Lua.

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