FRANK MILLER: “ESSES PERSONAGENS SÃO UMA EXTENSÃO DE MIM”

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Acho que é o meu derradeiro link Frank Miller/Sin City: A Dama Fatal. Agora é uma entrevista que ele deu para Simon Abrams, do Vulture. Miller está em modo light e foge de polêmicas nas respostas às perguntas mais incisivas de Abrams.

Separei uma resposta e uma dica. A resposta é sobre os seus personagens: “gosto de escrever histórias ambientadas em um lugar onde os residentes são essencialmente sobreviventes. As personalidades deles são extensões disso: que tipo de pessoas sobrevivem ali? Mas isso pode ter a ver mais com o fato de que esses personagens são uma extensão de mim, enquanto artista que estava explorando um ambiente e um estilo que me atraia”. E a dica: Miller citou dois quadrinistas em atividade que chamam a sua atenção, David Mazzucchelli [Asterios Polyp] e James Kochalka [American Elf]. [QUADRINHOS]  

2 comentários:

Diego Borges disse...

Lendo a entrevista, acabei tendo uma dúvida: o Roark de Sin City tem alguma inspiração no Roark de 'A Nascente" da Rand?

Vicente [NFN] disse...

E aí, Diego, tudo certo?

Pois é, o Abrams falou expressamente disso em uma pergunta e o Miller não comentou nada na resposta.

É difícil dizer, mas acho que não. O Miller tem algumas coisas de Objetivista, mas pode ser por tabela -- Steve Ditko é uma de suas grandes influências.

E, muito embora eu não tenha lido A Nascente, sei que Howard Roark é o protagonista/herói-idealizado do livro. O Roark de Sin City é evidentemente um vilão -- um político corrupto, o que tem ressonâncias evidentemente Objetivistas: é praticamente a definição de um sanguessuga, o comportamento antiética Objetivista por excelência.

Então, a não ser que o Miller tenha desenvolvido algum tipo de tese anti-Rand ao longo dos anos 80/90, o Roark de Sin City só poderia ser o de A Nascente em uma versão através do espelho!