Amanhã estreia no Brasil Gravidade, novo filme de Alfonso Cuarón. Esse é o trailer, que justifica, por si só, uma COLETÂNEA DE RESENHISMO
sobre o filme:
Na história [escrita por Jonás Cuarón, filho do diretor], Sandra Bullock interpreta uma astronauta perdida no espaço [com George Clooney de auxílio] depois que a sua estação espacial foi atingida por destroços de um satélite russo.
O CHARME disso, mais do que na trama, está na NARRATIVA: primeiro, você deve ter tirado do trailer a impressão que Cuarón é um mestre
na transição do RELAX para o DESESPERO –- impressão essa que você pode confirmar assistindo seu filme anterior, Filhos da Esperança, o melhor filme de ficção-científica
dos últimos, sei lá, VINTE ANOS. E segundo, Cuarón é uma espécie de versão SUTIL James Cameron.
O PONTO UM também foi visto por Richard Roeper, do Chicago Sun-Times: Gravidade, ele diz, “fornece uma atmosfera que vai de uma calma onírica para ação
chocante uma e outra vez. Você não pode evitar se lembrar de clássicos como Alien e 2001: Uma Odisseia no Espaço [com a vantagem dos efeitos especiais de ponta]”.
Roeper tratou o filme como uma história de terror. David Denby, da The New Yorker, também -- uma espécie de SEINFELD DO TERROR: “filmes de
terror quase sempre são conduzidos pelo medo de uma coisa desconhecida lá fora, no meio da floresta, ou do outro lado da porta. O fantasma, mais cedo ou mais tarde, se materializa. Mas e se ele fosse o nada?”.
Na mesma The New Yorker, Richard Brody não viu nem uma coisa, nem outra: na única resenha negativa sobre o filme que eu li, tratou Gravidade como um
“conto de sobrevivência” desprovido de ideias: “é difícil lembrar de um filme tão visceralmente emocionante e mortalmente chato como Gravidade, um colossal e impressionante exercício
de poder cerebral que tem por objetivo substituir – e eliminar – o uso do poder cerebral”.
O outra [ou O PONTO DOIS], no caso, foi extensamente defendido por Joe Morgenstern, do Wall Street Journal, na melhor resenha que você vai encontrar sobre o filme. Morgenstern destacou
que Gravidade é a culminação de uma parceria de quatro anos de Cuarón com “uma equipe técnica que inventou e elaborou novas ferramentas a serviço de sua visão”: Emmanuel
Lubezki [“que planejou um sistema de iluminação por LED radicalmente novo, chamado de The Sarcophagus”], Andy Nicholson, Tim Webber e Mark Sanger.
É uma conjunção “entre o sistema de estúdios, a visão singular de um artista do cinema e um amplo leque das ferramentas cinematográficas
mais avançadas de Hollywood” capaz de mostrar “as coisas maravilhosas que um grande filme de estúdio pode ser”. [NFN 100MG]
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