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Analía S. Costa escreveu um artigo, na Revista de Filología Románica [publicada pela Universidad Complutense de Madrid] sobre como a Segunda Guerra Mundial foi “lembrada e representada” nos mangás durante o pós-guerra. Tem Keiji Nakazawa, Shigeru Mizuki e Osamu Tezuka.
Ela escolheu sete mangás, publicados entre 1961 e 1998: Zero-sen Redo [1961], de Hiroshi Kaizuka, Shindekai no Taka [1963-1965], de Tetsuya Chiba, Gen, Pés Descalços [1973-1975], de Nakazawa, Sōin gyokusai seyo! [1973], de Mizuki, Adolf [1983-1985], de Tezuka, e Sensō ron [1998]: de Kobayashi Yoshinori.
Esses mangás, é a tese dela, refletem o discurso dominante sobre a guerra nas épocas em que foram publicados: alguns tratam os soldados como heróis que foram explorados pelas autoridades, outros retratam o país como uma vítima da guerra.
Gen, Pés Descalços está na segunda categoria: “ainda que nos anos 70 muitos mangás tivessem como tema principal a crítica à guerra, poucos denunciaram os crimes de guerra cometidos pelo exército japonês. Por isso, o Japão seguiu aparecendo como uma vítima, não apenas da bomba atômica e, portanto, dos EUA, mas também do seu próprio passado militarizado”. [QUADRINHOS]
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