DAVID MICHELINIE: “DANNY FINGEROTH OFERECEU VENOM PARA TODO MUNDO”

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Apesar de ser um site dedicado à cena literária de Ontário, no Canadá, o Open Book publicou essa entrevista do americano David Michelinie para o cingalês Koom Kankesan. Mas tudo bem: o importante é que Michelinie, escritor do Homem-Aranha de Todd McFarlane e do Homem de Ferro alcoólatra dos anos 80 contou umas histórias de bastidores sobre o seu tempo na Marvel.

Ele fala, por exemplo, sobre a onipresença de Venom nos gibis da Marvel na sua época como roteirista de The Amazing Spider-Man. Coloca a culpa em Danny Fingeroth, editor do Aranha: “Danny era um tipo de homem da companhia e achava que parte do seu trabalho era fazer a série mais comercial e aumentar as vendas. Por exemplo, Jim Salicrup”, editor anterior, “protegia muito o personagem do Venom, não deixava outros editores usá-lo, não me obrigava a escrever histórias do Venom só para turbinar as vendas, e me permitia só usar o personagem quando eu tinha uma ideia nova. É um dos motivos pelos quais eu acho que a popularidade dele crescia, o fato de que, quando ele aparecia, alguma coisa nova acontecia. Quando Danny assumiu o comando, ele ofereceu o Venom para toda a equipe editorial da Marvel, inclusive sugerindo que eles o utilizassem”.


Michelinie alivia Fingeroth, no entanto, quando o assunto é Carnificina, o Venom-derivativo: “Uma coisa que era importante no Venom é que ele tinha um senso ético. Retorcido, doentio e patético, mas uma moral forte. Ele pensava que o Homem-Aranha tinha feito uma coisa errada para ele, ele se enxergava como uma vítima, e então queria proteger as pessoas inocentes como ele queria que alguém tivesse protegido ele do ‘mal’ do Homem-Aranha. Então eu criei o Carnificina como um personagem que tinha poderes parecidos, mas sem qualquer compasso moral para contrastá-lo com a ‘ética’ de Venom e fazer com que isso fosse mais óbvio. Ah, e não posso culpar Danny Fingeroth pelo personagem, essa trama estava pronta antes dele começar a exercer influência”. [QUADRINHOS]

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