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Tiziano Sclavi, criador de Dylan Dog, aquele que só não é o personagem de fumetti mais conhecido do mundo porque existe Tex, foi entrevistado por Antonio D'Orrico. A entrevista foi publicada no Corriere della Sera. O motivo: Dylan Dog está fazendo trinta anos.
A entrevista, no entanto, é bem pessoal: no início, Sclavi, que não publica nada há dez anos [hiato recentemente interrompido para escrever mais histórias de Dylan Dog], fala das dificuldades que enfrentou em sua vida [sofre de depressão e é alcoólatra], e os 25 anos que passou fazendo análise [ele mesmo se compara a Woody Allen].
Sclavi também conta como conheceu Gianluigi Bonelli [pai de Sergio Bonelli e cocriador do Tex]. Foi divertido: “ele puxou uma arma, uma arma de verdade, um 38, e apontou ele para o meu coração. Depois a baixou, tirou os projéteis e me deu um. 'Não atirei porque gostei de ti'. Acho que falava sério. Era um cara assim. Ainda guardo aquela bala”.
Mais pro fim, os dois falam sobre Dylan Dog. O nome, diz ele, não é uma homenagem a Bob Dylan, mas ao poeta galês Dylan Thomas [de Do not go gentle into that good night]: “eu gostava da vida dele, o fato de que era um alcoólatra, um maldito. Coisas de quando eu era menino”.
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