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Paul Gravett entrevistou Jill Lepore. Gravett é o conhecido jornalista do mundo dos quadrinhos, escritor dos livros Mangá: Como o Japão Reinventou os Quadrinhos, 1001 Comics You Must Read Before You Die e, mais recentemente, Comics Art. Ela, historiadora e escritora do New Yorker, teve publicado no ano passado o livro The Secret History of Wonder Woman. A Mulher Maravilha, como não poderia deixar de ser, foi o tema da entrevista.
Uma das coisas sobre as quais Lepore fala é a fixação de William Moulton Marston em retratar a Mulher Maravilha acorrentada em seus gibis. Conforme o próprio, seria uma alegoria: “A Mulher Maravilha foi criada como um símbolo da mulher emancipada e, para se tornar emancipada da tirania e do controle dos homens, ela precisava ser acorrentada por vilões malvados, para poder se emancipar”.
Tem também o motivo “b”: “ele e certamente muitos dos seus leitoras achavam bondage excitante, como Marston escreve em outros lugares. O que é certo é o seguinte: nos anos 10 e nos anos 20, sufragistas, feministas e ativistas do controle de natalidade usavam correntes na sua iconografia e na sua retórica. Acho que Marston tentou seguir essa tradição. Que também significava outra coisa, acho que é inegável”. [QUADRINHOS]
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