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O site espanhol Entrecómics publicou uma série de artigos sobre Jacques Tardi, quadrinista francês de O Grito do Povo, que foi publicado por aqui pela
Conrad em um box bacana. É uma mistura de biografia [mais do artista do que da
pessoa, mas com detalhes de sua vida no que importa para a sua obra -- o pai
militar, o apego por desenhar locomotivas...]. O link te leva para o último [de
um total de 11], que começa com uma lista com todos os artigos.
Tardi é tratado como um artista que mistura diversos estilos
e temáticas. Os seus desenhos, por exemplo, “bebem diretamente de Hergé e Edgar
P. Jacobs quanto à claridade, simplificação e legibilidade, e especialmente na
ambientação realista e documentada”, mas também de Franquín na “soltura e
espontaniedade do seu traço nas figuras humanas, próximas da caricatura” e no
uso da cor negra [uma mistura, portanto, “das características das escolas belga
e Marcinelle, consideradas na época antagônicas”], com influências de “Joe Kubert, Hugo Pratt, Sérgio Toppi e Dino Battaglia, de Gus Bofa e Otto Dix”.
Com a análise, a ideia é mostrar três coisas: que Tardi é um
autor “peculiar, pelos temas e formas de abordagem”; que etende “os quadrinhos
como um veículo para transmição de uma série de idéias de conteúdo social”, que
incluem “a recuperação da memória histórica, a desmistificação dos heróis
institucionalizados e um ataque direto às classes dirigentes”; e mostrá-lo como
um “pioneiro de uma tendência nos quadrinhos”, a da graphic novel. [QUADRINHOS]

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