BANKSY: INTELIGENTE, ENGRAÇADO, CÁUSTICO. CONFORMISTA, SIMPLÓRIO, DANOSO, JUVENIL

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Você quer ler uma pessoa articulada? Bom, te dou o caminho: Theodore Dalrymple, SÁBIO britânico escritor de The New Vichy Syndrome: Why European Intellectuals Surrender to Barbarism, analisou no City Journal o novo HERÓI URBANO da rebeldia DJÓVEM: Banksy.

A explicação é longa, MAS: Banksy, conforme explica Dalrymple, não é LIVRE DE TALENTO: inteligente, engraçado, cáustico e "capaz de sugerir muito com meios econômicos". Um exemplo:


O que você está vendo são três crianças prestando HOMENAGEM a uma sacolinha da TESCO, a maior rede de supermercados da Inglaterra. Por trás do anticapitalismo chique da imagem, Dalrymple vê um retrato do vazio espiritual da sociedade de consumo, que é preenchido por gestos sem significado -- no caso, lealdade às marcas: "a Tesco, no final das contas, distribui 'cartões de fidelidade'", que dão direito a descontos ao consumidor, batizados de Clubcard, nome que insinua que "comprar repetidamente nas lojas de uma corporação gigantesca, e não na outra, na esperança de alcançar um pequeno desconto, constitui ser membro de um clube". 

O problema é que tudo isso está a serviço de um conformismo simplório, danoso e juvenil. Outro exemplo:


O que você está vendo são as escadas da galeria Tate, em Londres, e o que você está LENDO é uma referência a um aviso repetido nas estações de metrô londrinas, "mind the gap" ["observe o vão"] em versão crítica malandrinha à alta-cultura ["se importe com a merda"], "uma atitude de adolescente egoísta em relação a tudo que lhe antecedeu": "  atitude professada por Banksy grita: 'Agora! Agora! Agora! Eu! Eu! Eu! Antes de mim, nada; depois de mim, tudo!".


                  

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