NFN#63



VIDA LONGA AO REI. Hoje, Jack Kirby completaria 95 anos.

Steven Brower, no The Kirby Effect, escreveu um artigo inteiro pra te convencer que o homem era um gênio. Começa citando uma matéria de Brent Staples, publicado no New York Times do dia 26/8/2007]:

Ele criou uma nova gramática de storytelling e um estilo cinematográfico de movimento. Os então enrijecidos personagens caiam em cascata de um quadro para outro -- ou até mesmo de uma página para a outra -- ameaçando desabar para fora da revista e no colo do leitor. A força dos socos era visível e explosivamente evidente. Até mesmo em descanso, um personagem de Kirby pulsava com tensão e energia de uma forma que faz com que a versão para o cinema dos mesmos personagens pareça estática em comparação

E termina comparando Kirby com Louis Armstrong:

A mais próxima comparação que eu consigo imaginar é com Louis Armstrong. Ainda que Armstrong não tenha criado o jazz, ele estava lá no seu surgimento. Mesmo gravando em conjunto com outros ao longo de sua carreira (King Oliver, Ella Fitzgerald, Jack Teagarden, e outros), a sua individualidade estava sempre à mostra, e conseguiu influenciar o jazz e a música popular em cada década entre os anos 20 e os 60.

Você pode encontrar uma boa mostra dos desenhos sobre os quais ele está falando no Diversions of the Groovy Kind, que fez uma coletânea de splash-pages desenhadas por Kirby. Se não te pareceu suficiente, Tom Spurgeon, do The Comics Reporter, também fez a sua coletânea -- mais ampla e que envolve coisas como essa:

UIVE ANTES DE SEGUIR A DIANTE.
Santiago Garcia, do Mandorla, não quis ser menos e escreveuo seu artigo [além de linkar artigos seus anteriores sobre Kirby]. Falando sobre o seu Quarteto Fantástico:

Os seus gibis estavam carregados de energia, e o uso de um desenho de página convencional de três linhas lhe permitia concentrar-se no desenho, apoiado, com freqüência, em alguns de seus recursos narrativos favoritos: a seqüência de três quadrinhos nas quais apresenta três passos de uma mesma ação. Em 1964, Kirby começa a usar fotografias de fundos, ao mesmo tempo que alguma splash-page espetacular. Com a chegada de Joe Sinnot, contundente nos contornos e nas sobras, mas ao mesmo tempo suavizando os brandos rostos dos personagens de Kirby, a série inicia o seu período clássico. A partir do número 44 (1965), se caracteriza pelos argumentos frenéticos e o aspecto gráfico crescentemente monumental. Aparecem as complicadas máquinas gigantes, tornam-se raros os planos curtos, os quadrinhos crescem e a narrativa se comprime.


STAN LEE, JULGADO. Talvez você nem saiba que isso aconteceu, mas a Stan Lee Media processou... Stan Lee. E a Marvel. E muitas outras... coisas. Eu realmente não conseguiria resumir todo o problema [em janeiro do ano passado tentou fazê-lo: Sentem-se por um momento porque isso aqui se tornou – não agora, mas ao longo do tempo – uma confusão incrível. Eu quero dizer que é quase vergonhoso], mas digamos que Stan Lee, no final de 1998, vendeu os seus direitos sobre as suas criações para a Stan Lee Media.

Um mês depois, fez a mesma coisa com a Marvel – em troca de um milhão de dólares por ano. A Stan Lee Media faliu e tudo virou um caos: O processo se encheu com a falência, pedidos e contra-pedidos [...] e, no caso de um ex-executivo da Stan Lee Media, Peter Paul, tráfico de drogas e prisão. Em determinado momento, Hillary Clinton, no seu papel como primeira dama, veio ao processo em razão de uma tênue conexão com Stan Lee e Fidel Castro, a troco de um suposto negócio de Paul [que no final fugiu para o Brasil, mas não consegui descobrir se foi extraditado ou não], que teria vendido US$ 8.700.000,00 de café não existente a Cuba.

Isso tudo nos interessa porque: a] o resultado do processo poderia entregar de bandeja os personagens da Marvel criados por Stan Lee [também conhecidos como “quase todos”] para a falida Stan Lee Media; e b] porque Daniel Best, do 20th Century Danny Boy, publicou hoje a sentença de primeiro grau do processo [que é da semana passada]: Lee ganhou, seja lá o que isso signifique.

Aguarde recursos e um longo etc.

Você não vê na foto: pessoas que tem os direitos autorais do Homem-Aranha.


MÁGICO. No The Laughing Magician, blogue inteiramente dedicado a Hellblazer, uma longa resenha da primeira edição da série [de 1987, por Jamie Delano e John Ridgway].


GASTE SEU DINHEIRO E SEJA FELIZ. O quadrinista Diego Gerlach [O Ano do Bumerangue] está leiloando originais [até sexta; o de hoje já foi] para financiar o lançamento de seu novo gibi, Alvoroço.

Vou deixar o rapaz se explicar:

Serão cinco originais.

Convidem tipo DEUS & O MUNDO

A soma resultante vai ajudar nos custos de impressão desse gibi, que deve sair da gráfica essa semana ainda:


Terça (27), Quarta (28) e Quinta (29) haverá a postagem de um original por dia no mural do evento. Na sexta (30), serão dois originais de modo simultâneo.

Os lances são feitos nos comentários.

O leilão de cada item começa às 10h e encerra às 21h de seu dia postagem

Valor mínimo de cada lance: 10 reais

Valor máximo: não há um valor máximo - LIVE THE DREAM

O comprador tem 5 dias úteis para pagar pelo item arrebatado.

Não será cobrado envio (mas os originais não estão emoldurados).

Cada comprador ganhará também duas cópias de “Alvoroço”.

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