SOLITÁRIO #4. Aos elementos habituais [Sean Witzke, Matt Seneca,
Comics Alliance, revista Solo], você deve acrescentar o número 4 e Howard
Chaykin:
[Matt Seneca, sobre ser uma
edição medíocre] Não uso a expressão
"medíocre" de uma forma negativa. O que eu quero dizer é que enquanto
esse é um gibi que consegue fazer tudo aquilo que se propôs, nenhum de seus
objetivos era algo realmente novo. Perdoável, com certeza, mas essa
familiaridade que você mencionou, com os temas habituais de Chaykin sendo
abordados em miniatura, fica, bom, muito familiar. Se esse for o primeiro gibi
de Howard Chaykin para alguém, é uma excelente estréia (o que é, por si só, uma
idéia interessante para o formato da revista Solo). Mas é muito próximo da edição de Tim Sale nesse sentido, eu acho --
não que a sua qualidade não seja muito superior, mas não tem nada aqui que
pessoas que estão realmente interessadas no trabalho de Chaykin já não tenham
visto exploradas de forma mais profunda em momentos anteriores. Acho que a
história mais interessante é aquela que não é uma história propriamente dita,
em que Chaykin afasta o véu da ficção para discutir as suas influências. Lá,
por fim, ele traz alguma coisa que só estava implícita em suas hqs anteriores à
luz.
INFAMIA. Hannah Means-Shannon, do Sequart, segue com as resenhas místicas, com ênfase no aspecto mágico
dos trabalhos de Alan Moore. Chegou a vez de Batman: A Piada Mortal.
HISTÓRIA. KC
Carlson resenhou, no Comics Worth Reading,
o livro Marvel Comics: The Untold Story,
de Sean Howe.
Sean Howe é um ex-editor e crítico da Entertainment Weekly [...]. Esse livro é uma Entertainment Bio da
empresa, primordialmente dedicado em todos os muitos erros negociais ao longo
das décadas, assim como na disputa para conseguir o controle dos seus produtos
cinematográficos/de mídia, culminando em seu sucesso recente. Não existem
muitas descrições das histórias chave dos quadrinhos da Marvel, ou material
biográfico sobre as pessoas que criaram os quadrinhos, além de resumos no
estilo capa-de-livro. O pessoal dos escritórios ganha mais atenção e profundidade
que a maioria dos criadores.
TEM QUEM GOSTE. E, falando na Marvel, Joe Rice escreveu um artigo
no Tearoom of Despair sobre como ele
está curtindo o atual momento da editora.
Acho que grande parte disso vem de dois fatores: a) um staff editorial
que não mete muito as mãos nos gibis; e b) a idéia dos "arquitetos"
ou o que seja... um grupo de escritores habilidosos e inteligentes mais ou
menos no comando do universo Marvel como um todo. Agora, claro que ainda
existem decisões editoriais, mas tudo o que nós lemos tanto dos caras da DC
como nos caras da Marvel é que a Marvel é praticamente um paraíso,
relativamente falando, hoje em dia. [...]
Então esses caras se encontram de vez em quando para trocar idéias e
planejar o futuro? Isso é uma boa idéia. Assim é que as coisas devem ser
feitas, não apenas uma decisão editorial "NÓS PRECISAMOS DE MAIS
LONGSHOT" seguida de "MENOS LONGSHOT NÃO MAIS BOM TALVEZ MUITO MAIS
AGORA MENOS" ou alguma coisa assim.
SÓ AMANHÃ. Joe Carnahan, diretor de NARC e A Última Cartada,
colocou no YouTube as duas sizzle reels
que fez para convencer a Fox a tocar adiante o seu projeto para um novo filme
do Demolidor. A idéia era uma versão super-heróica e mais violenta dos filmes
policiais dos anos 70. A produtora, que detém nesse momento os direitos da
adaptação cinematográfica do personagem [e que provavelmente vão reverter em
favor da Marvel], preferiu cair fora.
Tem uma versão todos os públicos:
E outra pra maiores de 17 anos:
KUBERT+DITKO. Blake Bell, em seu blogue, postou um artigo sobre a
influência de Joe Kubert em Steve Ditko. Vou transcrever um trecho do final,
mas você deveria seguir o link: tem várias comparações com imagens, e tanto
Kubert quanto Ditko merecem o esforço.
O que é interessante sobre essa conexão entre os dois é a fricção que
criou quando mencionada. Em uma das
minhas palestras sobre Steve Ditko nos últimos dez anos [...], um membro da Kubert School contou uma
história sobre quando ele mencionou a Kubert
essa semelhança, e Kubert cortou ele de forma incisiva. [...] Gary Groth, também em uma das minhas palestras,
mencionou que ele tentou tocar no assunto com Kubert, mas foi abruptamente
rechaçado.
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