NFN#54




SOLITÁRIO #4. Aos elementos habituais [Sean Witzke, Matt Seneca, Comics Alliance, revista Solo], você deve acrescentar o número 4 e Howard Chaykin:

[Matt Seneca, sobre ser uma edição medíocre] Não uso a expressão "medíocre" de uma forma negativa. O que eu quero dizer é que enquanto esse é um gibi que consegue fazer tudo aquilo que se propôs, nenhum de seus objetivos era algo realmente novo. Perdoável, com certeza, mas essa familiaridade que você mencionou, com os temas habituais de Chaykin sendo abordados em miniatura, fica, bom, muito familiar. Se esse for o primeiro gibi de Howard Chaykin para alguém, é uma excelente estréia (o que é, por si só, uma idéia interessante para o formato da revista Solo). Mas é muito próximo da edição de Tim Sale nesse sentido, eu acho -- não que a sua qualidade não seja muito superior, mas não tem nada aqui que pessoas que estão realmente interessadas no trabalho de Chaykin já não tenham visto exploradas de forma mais profunda em momentos anteriores. Acho que a história mais interessante é aquela que não é uma história propriamente dita, em que Chaykin afasta o véu da ficção para discutir as suas influências. Lá, por fim, ele traz alguma coisa que só estava implícita em suas hqs anteriores à luz.


INFAMIA. Hannah Means-Shannon, do Sequart, segue com as resenhas místicas, com ênfase no aspecto mágico dos trabalhos de Alan Moore. Chegou a vez de Batman: A Piada Mortal.


HISTÓRIA. KC Carlson resenhou, no Comics Worth Reading, o livro Marvel Comics: The Untold Story, de Sean Howe.

Sean Howe é um ex-editor e crítico da Entertainment Weekly [...]. Esse livro é uma Entertainment Bio da empresa, primordialmente dedicado em todos os muitos erros negociais ao longo das décadas, assim como na disputa para conseguir o controle dos seus produtos cinematográficos/de mídia, culminando em seu sucesso recente. Não existem muitas descrições das histórias chave dos quadrinhos da Marvel, ou material biográfico sobre as pessoas que criaram os quadrinhos, além de resumos no estilo capa-de-livro. O pessoal dos escritórios ganha mais atenção e profundidade que a maioria dos criadores.


TEM QUEM GOSTE. E, falando na Marvel, Joe Rice escreveu um artigo no Tearoom of Despair sobre como ele está curtindo o atual momento da editora.

Acho que grande parte disso vem de dois fatores: a) um staff editorial que não mete muito as mãos nos gibis; e b) a idéia dos "arquitetos" ou o que seja... um grupo de escritores habilidosos e inteligentes mais ou menos no comando do universo Marvel como um todo. Agora, claro que ainda existem decisões editoriais, mas tudo o que nós lemos tanto dos caras da DC como nos caras da Marvel é que a Marvel é praticamente um paraíso, relativamente falando, hoje em dia. [...]

Então esses caras se encontram de vez em quando para trocar idéias e planejar o futuro? Isso é uma boa idéia. Assim é que as coisas devem ser feitas, não apenas uma decisão editorial "NÓS PRECISAMOS DE MAIS LONGSHOT" seguida de "MENOS LONGSHOT NÃO MAIS BOM TALVEZ MUITO MAIS AGORA MENOS" ou alguma coisa assim.


SÓ AMANHÃ. Joe Carnahan, diretor de NARC e A Última Cartada, colocou no YouTube as duas sizzle reels que fez para convencer a Fox a tocar adiante o seu projeto para um novo filme do Demolidor. A idéia era uma versão super-heróica e mais violenta dos filmes policiais dos anos 70. A produtora, que detém nesse momento os direitos da adaptação cinematográfica do personagem [e que provavelmente vão reverter em favor da Marvel], preferiu cair fora.

Tem uma versão todos os públicos:



E outra pra maiores de 17 anos:




KUBERT+DITKO. Blake Bell, em seu blogue, postou um artigo sobre a influência de Joe Kubert em Steve Ditko. Vou transcrever um trecho do final, mas você deveria seguir o link: tem várias comparações com imagens, e tanto Kubert quanto Ditko merecem o esforço.

O que é interessante sobre essa conexão entre os dois é a fricção que criou quando mencionada. Em uma das minhas palestras sobre Steve Ditko nos últimos dez anos [...], um membro da Kubert School contou uma história sobre quando ele mencionou a Kubert essa semelhança, e Kubert cortou ele de forma incisiva. [...] Gary Groth, também em uma das minhas palestras, mencionou que ele tentou tocar no assunto com Kubert, mas foi abruptamente rechaçado.

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