SOLITÁRIO #3. Segue o funk: Sean Witzke e Matt Seneca, no Comics Alliance, agora resenharam Solo
#3, de Paul Pope.
Vejo Solo #3 como a tentativa
de Pope de reunir uma fórmula bem sucedida de fazer gibis de super-heróis do
seu jeito. E tipicamente para um quadrinista que ganhou tanto com o estudo dos
mestres do passado, cada história aqui tem uma dívida com uma das influências
de Pope. Nós temos uma versão certinha de uma das histórias mais selvagens de
Jack Kirby, e uma das hqs mais perturbadoras de todos os tempos, um mito grego
re-embalado que saiu diretamente do Bacchus de Eddie Campbell, uma homenagem slice-of-life a Will Eisner, uma história de Batman e
Robin no estilo fanfarrão da Era de Prata de Dick Sprang/Carmine Infantino
Silver. Estranhamento, a história mais leve é aquela que funciona como a cola
conceitual da edição: uma historia curta na qual Pope afirma que era tão
dominado pela mágica dos quadrinhos que ele leu quando criança que até
acreditou nas evidentes besteiras das propagandas de uma edição velha de OMAC.
POR QUÊ? #4. J. Caleb Mozzocco, assim como eu, aqui, e Sean T.
Collins, no The Comics Journal, foi
atormentado por dúvidas existências graças a Batman: Earth One, de Geoff Johns e Gary Frank. A sua resenha, no CBR, destrincha toda a história, como a
porca que ela é [se você se preocupa com spoilers, portanto, evite-a].
Acho que é isso que diferencia esse gibi do Batman de todos os outros:
esse é aquele que diz "papo furado" nas restrições de Batman ao uso
de armas e de força letal.
Com tantas escolhas criativas e mudanças no mito, estatisticamente
falando, alguma delas teria que ser boa.
A sangria continuou no blogue de
Mozzocco, Every Day Is Like Wednesday,
com uma série de notas que não encaixaram na resenha do CBR -- que ficou assim resumida:
Eu não tenho certeza sobre o que eles queriam com esse projeto, para
ser honesto, e o que eles conseguiram foi uma hq bastante terrível sobre como o
Batman é um inútil e como tortura, violência com armas e força letal são as
únicas opções viáveis para ganhar dos malvados, com desenhos altamente
competentes, mas destacadamente sem destaque, para um projeto tão inesperado.
CARECAS DOMINANDO O PÁREO. Jason Thompson resenhou, no Anime News Network, Path of the Assassin, de Kazuo Koike e Goseki Kojima.
Path of the Assassin é a terceira longa colaboração dos dois
famosos autores de gekiga, posterior
ao seu grande sucesso de 1970-1976, Lobo Solitário, e o sucesso um pouco menor de 1972-1976, Samurai Executioner. Mas enquanto Lobo Solitário e Samurai Executioner sejam basicamente franquias de histórias
episódicas de heróis fictícios, que lidam com um novo problema a cada capítulo,
Path of the Assassin é uma longa
ficção-histórica sobre o lendário ninja Hattori Hanzo e o seu então mestre
Tokugawa Ieyasu. É sobre o caminho de Hanzo para se tornar um grande ninja, mas
também é sobre o caminho de Ieyasu em se tornar o xogum de todo o Japão.
SÓ QUE NÃO. Os 4 painéis que nunca funcionam, de Mark Waid e Jeremy
Rock. É como aquela clássica lista de Wally Wood [que já ganhou um link aqui
pela sua versão de Michael Oeming], só que menor, ao contrário e com uma
corneta ao Geoff Johns -- ainda que o próprio Waid tenha aparecido nos
comentários da notícia no CBR para esclarecer que é tudo uma piada entre
amigos.
UM DIA, APENAS FORMADOS EM DIREITO VÃO LER QUADRINHOS #5. Mais sobre o processo de Tony Moore
contra Robert Kirkman, sobre The Walking Dead. Agora no Newsarama, por Albert Ching.
TERRA DOS VENTOS. Tá chegando a Wizard Wold Chicago, e Misha
Davenport, do Chicago Sun Times
[jornal que publica o crítico de cinema Roger Ebert], entrevistou Greg Capullo
[atual desenhista de Batman, com
roteiros de Scott Snyder]. Sobre o reboot do personagem:
"Meu Batman não parece estar usando uma roupa feita de tinta spray", ele diz. "O
meu Batman é monolítico. Quando ele está parado, parece uma parede. Só porque
você é grande, não significa que você seja lento e desajeitado, no entanto. Ele
é como Mike Tyson, com um pescoço mais largo".
O Chicago Tribune não quis ser menos e Christopher Borrelli fez um perfil de Brian Azzarello [que atualmente escreve Wonder Woman, Befote
Watchmen: Rorschach, Before Watchmen:
Comedian e Spaceman; e,
principalmente, mora em Chicago].
Azzarello faz 50 anos no sábado. Ele está casado com a quadrinista Jill
Thompson [...]. Ela diz que quando
ele envia descrições para os artistas com os quais está trabalhando, "ele
é tão sucinto quanto é em pessoa. É hilário. Por exemplo, o cenário mais usado
por Brian em seus quadrinhos: um bar. A maioria dos escritores enviaria (para o
desenhista) alguma coisa como 'nós vemos um plano médio, olhando para baixo em
um bar com acabamento em noz, amendoins em uma tigela, fogo no bar onde alguém
tomou um shot-flamejante, e tem uma mulher com jeans dos anos 80'. Brian vai
dizer para eles: 'um bar informal. Tem um turista parado no bar'. E é isso.
Ela também disse que ele é a última pessoa a reconhecer que tem
seguidores, me contando uma história sobre como Samuel L. Jackson, um grande fã
que apareceu lendo "100 balas"
durante uma cena de "Serpentes a Bordo", uma vez abordou o escritor de Chicago na anual San Diego
Comic-Con. "Mas Brian nunca vai te falar isso".
TURTLE POWER. No The Webcomic
Overlook, a história das Tartarugas Ninja.
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