DOSE
DUPLA. J. Caleb Mozzocco resenhou, em seu blogue Every Day is
Like Wednesday, duas edições de séries mensais escritas por
Geoff Johns para a DC [trata-se de um homem de coragem]: Aquaman
#11 [desenhada pelo brasileiro Ivan Reis] e Green Lantern #11
[Doug Mahnke]. A primeira se saiu pior:
O uso
de splash pages em hqs
de 20 páginas [...] há muito é frustrante, mas nesse caso é
absolutamente desconcertante. São três splashes de uma
página, e um splash de duas páginas, o que significa que 1/4
das páginas da revista foram dedicadas a quatro quadrinhos.
[...] O último splash page é usado para a "primeira
aparição" de um dos The Others, os membros da retconeada
super-equipe pré-Liga da Justiça da qual Aquaman fez parte, mas é
apenas a sua primeira aparição nessa edição -- nós vimos ele em
capas e cenas de flashback em edições anteriores -- e ele sequer
está fazendo algo particularmente incomum ou que exija uma página
inteira para superar ou dar enfase. Ele está apenas dando as caras.
É como se eles estivessem fazendo um gibi sobre a tua vida, e tu tem
um splash page para retratar a tua chegada ao trabalho.
RESENHISMO NUNCA É POUCO. Oliver Sala, do AV Club,
resenhou The Manhattan Projects #5, a série creator-owned
de Jonathan Hickman e Nick Pitarra, publicada pela Image Comics. Isso
parece muito bom, mas vou deixar Sala falar por mim:
Passando
os olhos pelas páginas da última edição de The Manhattan
Projects, você vê as seguintes imagens: o irmão gêmeo
psicopata de J. Robert Oppenheimer atirando na cabeça de um ser
extraterrestre e devorando o seu cérebro para absorver as suas
múltiplas personalidades; um grupo de cientistas malucos
atravessando um portal interplanetário construído por Albrecht
Einstein para atacar um exército alienígena; e a caveira
radioativada do físico Harry Daghlian liquefazendo uma espécie
inteira. A série de Jonathan Hickman e Nick Pitarra é revisionismo
histórico sangrento, inteligente e infinitamente criativo, que
combina o melhor de Jack Kirby e Warren Ellis, com uma pitada de
violência Tarantinesca que é ao mesmo tempo engraçada e horrível.
[...]
The
Manhattan Projects é a primeira série creator-owned de
Hickman, e as lições que ele aprendeu criando histórias de longo
prazo para super-heróis, como fez em Fantastic Four e Secret
Warriors, resultaram em um dos quadrinhos independentes mais
dinâmicos sendo publicados. [...] A habilidade de equilibrar
emoções humanas com um espetáculo extraordinário é o ponto forte
de Hickman, e em nenhum lugar isso está melhor exemplificado do que
em The Manhattan Projects.
GLORIOSO. Rob Liefeld repetiu o que deu certo em Prophet e entregou Glory [a Mulher-Maravilha genérica que ele criou da década de 90, para a Image] para Joe Keatinge e Ross Campbell, e ganhou essa resenha de Michael May, para o CBR.
Ele ainda tem uma vida de ERROS REPETIDOS para compensar. |
DAS
ANTIGAS #3. Barry Pearl, em seu blogue, continua analisando os
quadrinhos dos anos 60. Hoje, o post foi dedicado para o livro The
Great Comic Book Heroes, de Jules Feiffer.
OUCH. Saiu a segunda parte da entrevista de Grant Morrison
para Kiel Phegley, do CBR.
Na
primeira, que eu linkei aqui no outro dia, ele falou que vai
abandonar os quadrinhos de super-heróis em 2013. Nessa, ele deu uma
alfinetada em Alan Moore:
A
minha relação com a DC Comics é boa. Eu tenho muitos amigos na
empresa. Sempre fui tratado de forma justa e respeitosa. Eles me
deixam fazer o que eu quero sem grandes interferências editoriais.
Me pagam regularmente, sem atrasos, os royalties
são bons, as minhas séries antigas são reimpressas várias vezes
e, honestamente, não posso dizer o mesmo para alguma das empresas
pequenas e editoras alternativas com as quais eu trabalhei no passado
[...].
Ninguém pode fazer um "Before We3", além de mim
e Frank Quitely! Ninguém pode fazer um "After Seaguy"
além de mim e Cameron Stewart. Eu nunca assinei um
contrato que me deixasse arrependido, e nunca me senti traído pela
DC. A minha experiência prova que eles podem ser razoáveis e
honrados, se você lidar com eles de uma forma adulta e eu tenho que
ter isso em conta antes de condenar qualquer um que trabalhe lá hoje
sobre decisões que eles fizeram no passado.
Na foto: a tese de que Grant Morrison não escreveu nenhuma série de Before Watchmen por não concordar com o projeto. |
SEBOLANDIA.
No Io9 Charlie Jane Anders e Will Brooker recomendaram 14
histórias do Batman que você deveria tentar ler, muito embora sejam
difíceis de encontrar. Não, não sei o que Dark Claw [a
mistura de Wolverine com Batman, um dos destroços emitidos pelo
crossover Marvel vs. DC],
está fazendo nessa lista: Larry Hama e Jim Balent deve ser a pior
dupla criativa já reunida].
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