NFN#41




DOSE DUPLA. J. Caleb Mozzocco resenhou, em seu blogue Every Day is Like Wednesday, duas edições de séries mensais escritas por Geoff Johns para a DC [trata-se de um homem de coragem]: Aquaman #11 [desenhada pelo brasileiro Ivan Reis] e Green Lantern #11 [Doug Mahnke]. A primeira se saiu pior:

O uso de splash pages em hqs de 20 páginas [...] há muito é frustrante, mas nesse caso é absolutamente desconcertante. São três splashes de uma página, e um splash de duas páginas, o que significa que 1/4 das páginas da revista foram dedicadas a quatro quadrinhos. [...] O último splash page é usado para a "primeira aparição" de um dos The Others, os membros da retconeada super-equipe pré-Liga da Justiça da qual Aquaman fez parte, mas é apenas a sua primeira aparição nessa edição -- nós vimos ele em capas e cenas de flashback em edições anteriores -- e ele sequer está fazendo algo particularmente incomum ou que exija uma página inteira para superar ou dar enfase. Ele está apenas dando as caras. É como se eles estivessem fazendo um gibi sobre a tua vida, e tu tem um splash page para retratar a tua chegada ao trabalho.


RESENHISMO NUNCA É POUCO. Oliver Sala, do AV Club, resenhou The Manhattan Projects #5, a série creator-owned de Jonathan Hickman e Nick Pitarra, publicada pela Image Comics. Isso parece muito bom, mas vou deixar Sala falar por mim:

Passando os olhos pelas páginas da última edição de The Manhattan Projects, você vê as seguintes imagens: o irmão gêmeo psicopata de J. Robert Oppenheimer atirando na cabeça de um ser extraterrestre e devorando o seu cérebro para absorver as suas múltiplas personalidades; um grupo de cientistas malucos atravessando um portal interplanetário construído por Albrecht Einstein para atacar um exército alienígena; e a caveira radioativada do físico Harry Daghlian liquefazendo uma espécie inteira. A série de Jonathan Hickman e Nick Pitarra é revisionismo histórico sangrento, inteligente e infinitamente criativo, que combina o melhor de Jack Kirby e Warren Ellis, com uma pitada de violência Tarantinesca que é ao mesmo tempo engraçada e horrível. [...]

The Manhattan Projects é a primeira série creator-owned de Hickman, e as lições que ele aprendeu criando histórias de longo prazo para super-heróis, como fez em Fantastic Four e Secret Warriors, resultaram em um dos quadrinhos independentes mais dinâmicos sendo publicados. [...] A habilidade de equilibrar emoções humanas com um espetáculo extraordinário é o ponto forte de Hickman, e em nenhum lugar isso está melhor exemplificado do que em The Manhattan Projects.


GLORIOSO. Rob Liefeld repetiu o que deu certo em Prophet e entregou Glory [a Mulher-Maravilha genérica que ele criou da década de 90, para a Image] para Joe Keatinge e Ross Campbell, e ganhou essa resenha de Michael May, para o CBR.

Ele ainda tem uma vida de ERROS REPETIDOS para compensar.


DAS ANTIGAS #3. Barry Pearl, em seu blogue, continua analisando os quadrinhos dos anos 60. Hoje, o post foi dedicado para o livro The Great Comic Book Heroes, de Jules Feiffer.


OUCH. Saiu a segunda parte da entrevista de Grant Morrison para Kiel Phegley, do CBR.

Na primeira, que eu linkei aqui no outro dia, ele falou que vai abandonar os quadrinhos de super-heróis em 2013. Nessa, ele deu uma alfinetada em Alan Moore:

A minha relação com a DC Comics é boa. Eu tenho muitos amigos na empresa. Sempre fui tratado de forma justa e respeitosa. Eles me deixam fazer o que eu quero sem grandes interferências editoriais. Me pagam regularmente, sem atrasos, os royalties são bons, as minhas séries antigas são reimpressas várias vezes e, honestamente, não posso dizer o mesmo para alguma das empresas pequenas e editoras alternativas com as quais eu trabalhei no passado

[...]. Ninguém pode fazer um "Before We3", além de mim e Frank Quitely! Ninguém pode fazer um "After Seaguy" além de mim e Cameron Stewart. Eu nunca assinei um contrato que me deixasse arrependido, e nunca me senti traído pela DC. A minha experiência prova que eles podem ser razoáveis e honrados, se você lidar com eles de uma forma adulta e eu tenho que ter isso em conta antes de condenar qualquer um que trabalhe lá hoje sobre decisões que eles fizeram no passado.

Na foto: a tese de que Grant Morrison não escreveu nenhuma
série de Before Watchmen por não concordar com o projeto. 


SEBOLANDIA. No Io9 Charlie Jane Anders e Will Brooker recomendaram 14 histórias do Batman que você deveria tentar ler, muito embora sejam difíceis de encontrar. Não, não sei o que Dark Claw [a mistura de Wolverine com Batman, um dos destroços emitidos pelo crossover Marvel vs. DC], está fazendo nessa lista: Larry Hama e Jim Balent deve ser a pior dupla criativa já reunida].

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